segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025
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Opinião

Editorial

Avançando na desburocratização do setor portuário

O recente encontro da diretoria da multinacional francesa CMA-CGM com o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) mostrou que o Brasil tem adotado medidas corretas para tornar seu setor portuário mais atrativo para investimentos, tanto nacionais como estrangeiros. Mas esta é uma linha de ação que demanda mais avanços, como a simplificação e a desburocratização de processos, pautas que foram priorizadas pelo Governo e que impactam diretamente na capacidade de atrair empresas como a CMA-CGM, que enxerga no Brasil oportunidades de negócios valiosas.

A CMA-CGM já demonstrou seu compromisso com o Porto de Fortaleza (CE) e com o País como um todo. Desde abril deste ano, quando assumiu as operações no terminal desse complexo marítimo, a empresa já investiu cerca de R$ 80 milhões. Essa é uma prova concreta de que, quando as barreiras burocráticas são reduzidas, o setor portuário se torna um campo fértil para investimentos privados.

Os investimentos da CMA-CGM têm um impacto econômico significativo. Com a exportação de frutas como seu principal negócio, a empresa enxerga o complexo portuário cearense como uma joia estratégica. Sua localização privilegiada, em relação à Europa e aos Estados Unidos, reforça a importância do Porto de Fortaleza como um ponto de acesso ao mercado internacional.

Além disso, os investimentos da CMA-CGM não se limitam ao presente, mas se estendem ao futuro. A promessa de aportar mais R$ 320 milhões no Ceará nos próximos anos é uma demonstração clara de confiança no potencial do País e na eficácia das medidas do Governo para simplificar o setor.

É importante destacar que o Porto de Fortaleza, ou Porto do Mucuripe, não beneficia apenas o estado do Ceará, mas também estados vizinhos. Sua área de influência se estende a regiões importantes do País, contribuindo para o desenvolvimento de várias localidades.

As ações do MPor, com foco na desburocratização do setor, são louváveis e devem ser seguidas por outras instâncias do Governo. O estabelecimento de contratos de arrendamento transitório é uma das medidas que tornam o mercado portuário mais atrativo. No entanto, é necessário ir além e buscar novas formas de atrair investidores, tanto nacionais como estrangeiros.

O Brasil tem o potencial para se tornar um dos principais players no mercado portuário global. As ações do Governo em parceria com empresas como a CMA-CGM são um passo na direção certa. Contudo, o caminho a ser percorrido é longo, e é necessário continuar avançando na simplificação dos procedimentos, na redução da burocracia e na criação de um ambiente de negócios favorável. Afinal, um setor portuário forte é um dos pilares para o crescimento econômico sustentável do Brasil.

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