O Amapá e os contêineres
O Porto de Santana, no Amapá, terá seu primeiro terminal de contêineres entrando em operação nos próximos dias. Trata-se de um terminal de uso privado, um TUP, um empreendimento particular, em área particular, que opera com base em autorizações obtidas junto ao Governo – diferente de um terminal público, erguido em terreno da União e explorado a partir de uma concessão.
Com esta unidade, o porto e, principalmente, o estado entram em um mercado até então pouco explorado na região, o dos contêineres. O Amapá era a única unidade da federação com um porto em zona primária (alfandegada, ou seja, autorizada a receber cargas de importação ou exportação) que não atuava neste segmento.
Agora, novas oportunidades são vislumbradas, especialmente no campo da logística. O Amapá recebe cerca de 10 mil caminhões com contêineres por mês de outros estados. Neles, estão produtos para o consumo da sociedade amapaense e artigos para exportação. E após o desembarque, esses caminhões voltavam para suas regiões de origem tradicionalmente vazios, encarecendo seu custo de transporte. Agora, de acordo com a administradora do terminal, será possível que importadoras tragam suas cargas por Santana e utilizem esses caminhões em suas viagens de retorno.
Com este investimento, o Amapá e seu Porto de Santana passam a explorar um mercado promissor e que poderá impulsionar sua economia. Ganhará a região e, também, ganhará o Brasil, o transporte aquaviário e os demais portos nacionais, que passam a contar com melhores instalações na parte norte do País.