A retomada de obras na Hidrovia Tietê-Paraná
O Governo de São Paulo se prepara para retomar as obras de ampliação da Hidrovia Tietê-Paraná, que forma um importante corredor logístico entre o Centro-Oeste e a região central do estado paulista, de onde se liga a linhas férreas e a rodovias que chegam ao Porto de Santos (SP). Na última sexta-feira, dia 17, o governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) assinou um contrato para a expansão do canal de navegação de Nova Avanhandava, no trecho da Hidrovia Tietê-Paraná em Buritama (SP). A expectativa é que a autorização para início dos trabalhos ocorra em 30 dias e a obra seja concluída em três anos.
Com investimentos de R$ 300 milhões, a intervenção prevê, principalmente, o derrocamento do canal, obra paralisada em 2019. Serão retirados 552 mil metros cúbicos de rochas – o equivalente ao volume de 600 piscinas olímpicas. Com isso, será possível manter as condições de navegabilidade na hidrovia, mesmo em meses de estiagem. Entre 2014 e 2015 e 2020 e 2021, a navegação na hidrovia foi interrompida por 20 meses e sete meses, respectivamente, devido ao nível baixo das águas.
Segundo o Governo, o derrocamento do pedral permitirá o aprofundamento do canal em 3,5 metros, com largura de 60 metros, ao longo de 16 quilômetros de extensão.
Trata-se, portanto, de uma obra estratégica para garantir as operações da hidrovia, mesmo que o nível de suas águas baixem. Essa segurança é importante, uma vez que garante ao setor privado uma garantia operacional necessária para planejar suas operações de transportes, sabendo que poderão contar com a Tietê-Paraná para a movimentação de suas cargas.
E não custa lembrar da importância do modal hidroviário para o transporte de cargas, uma opção mais econômica e de menos impacto ambiental.
Que as obras previstas sejam realizadas e no prazo acordado. E a Hidrovia Tietê-Paraná retome seu papel protagonista na logística paulista, um cenário que só facilita o crescimento das economias estadual e brasileira.