A Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra diz que o projeto de um parque eólico no Porto de Setúbal é possível pelas “condições únicas da sua nova sede e cais privativo”Crédito: Divulgação
Portugal
Setúbal e Sines estão prontos para projetos de energia eólica offshore, diz Galamba
Declaração foi dada pelo ministro das Infraestruturas após visita aos complexos portuários
O ministro das Infraestruturas de Portugal, João Galamba, disse que os portos de Setúbal e de Sines estão prontos para avançarem em projetos que visam a exploração de energia eólica offshore.
A declaração foi feita após Galamba visitar os complexos, entre os dias 29 e 30 de março, para conhecer as propostas que as empresas Etermar e Lisnave têm para o segmento.
A secretária de Estado da Energia, Ana Fontoura, e o secretário de Estado do Mar, José Costa, acompanharam o ministro durante a visita.
Primeiro João foi à Etermar (empresa da Comunidade Portuária de Setúbal), qualificada a nível europeu em matéria de engenharia marítima, para conhecer o projeto que prevê o desenvolvimento de um parque eólico flutuante com 30 turbinas e até 600 megawatts, ao largo de Viana do Castelo.
Em nota, a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS), disse que a ideia é possível pelas “condições únicas da sua nova sede e cais privativo, em Setúbal, que permitirão incorporar um elevado valor acrescentado nacional na fabricação e colocação no mar das 30 turbinas”.
Depois, foi a vez da Lisnave, companhia de referência internacional em reparação de navios, que estuda um investimento de mais de 200 milhões de euros na construção de equipamentos para energias renováveis offshore.
“Estas visitas mostram que, seja o Porto de Setúbal ou Porto de Sines, têm de fato as bases e as condições para serem um grande projeto”.
No fim da visita, João Galamba considerou que as duas empresas “já estão preparadas para avançar com os investimentos, promovendo esse avanço o mais rápido possível”.
Ele destacou que os projetos significam também novas vagas de emprego e industrialização verde do país.
“São instalações determinantes e o País tem a sorte de poder contar com elas. Chegou o momento, de fato, de fazermos crescer estas duas instalações e outras nos portos portugueses e avançar para um grande projeto industrial que é, sem dúvida, o eólico offshore”, declarou o ministro.
Ainda assim, o ministro demonstrou preocupação em relação à materialização dos projetos, posição que já tinha mostrado em março do ano passado durante a assinatura de um memorando de entendimento entre a APSS e a Ocean Winds para a instalação de parques eólicos offshore.
Ele apontou urgência em “começarmos a preparar terreno e nomeadamente avançar com projetos de natureza mais industrial, para criar bases para futuramente termos mais sucesso no leilão e nos concursos do eólico offshore. Estamos trabalhando nisso”, concluiu Galamba.