O delicado processo de seleção
Uma etapa crucial foi vencida ontem, dia 14, no processo de definição da nova diretoria da Santos Port Authority (SPA, a Autoridade Portuária de Santos), empresa que administra o principal porto do Brasil. A Casa Civil da Presidência da República aprovou as escolhas de Anderson Pomini, Bernadete Bacellar do Carmo Mercier, Eduardo Lustoza, Carlos Eduardo Bueno Magano e Antônio de Pádua de Deus Andrade para integrar o colegiado, tendo Pomini como o indicado para a presidência da SPA.
De imediato, os nomes foram encaminhados para a análise do Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e Remuneração da Autoridade Portuária, que irá verificar se todos atendem os critérios estabelecidos no estatuto da companhia. Os que receberem o aval do órgão serão apresentados no Conselho de Administração da empresa, para a nomeação oficial.
A expectativa é que esses processos sejam definidos nesta semana que se inicia ou, no máximo, na seguinte. De qualquer forma, os processos finais de análise devem ser realizados com critério, a fim de que os executivos aprovados tenham realmente o perfil exigido para seus cargos, além da qualificação necessária para a função. Uma rápida análise dos históricos profissionais dos cinco mostra que quatro – Bernadete, Lustoza, Magano e Pádua – já atuaram na SPA em cargos de gestão e desses, dois, Lustoza e Magano, fizeram carreira no setor.
Ao término do processo de avaliação e nomeação, os cinco terão muito trabalho a fazer, quer para atender as demandas do mercado, que tem planos para o Porto de Santos e quer debatê-los com a nova diretoria, quer para seguir as diretrizes do Ministério de Portos e Aeroportos, que já tem suas prioridades para o principal complexo marítimo do País – a construção do túnel submerso entre as duas margens do canal de navegação.
No fim, que o Porto de Santos tenha uma diretoria à altura de seu papel na economia nacional. E que esses executivos estejam preparados para os desafios que irão enfrentar – e que não serão poucos.