sábado, 18 de janeiro de 2025
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Opinião

Editorial

Desordem logística e comercial 

O comércio global tem enfrentado sérias dificuldades nos últimos anos, uma verdadeira desordem logística. Elas começaram entre o final de 2019 e o início de 2020, com as ondas iniciais da pandemia de covid-19, que fechou portos em países da Ásia e, depois, na Europa, arrastando a logística mundial para o caos. Há alguns meses, houve um novo golpe, com a invasão da Ucrânia pela Rússia e a ruptura das exportações agrícolas e de fertilizantes ucranianos. E logo em seguida, mais um revés, com novos surtos do novo coronavírus em solo chinês, levando os complexos marítimos do país a reduzir suas atividades, causando um megacongestionamento nessa parte do planeta.

Os impactos dessas ocorrências no comércio exterior brasileiro foram debatidos na tarde dessa quarta-feira, em uma live organizada pelo Brasil Export – Fórum Nacional de Logística e Infraestrutura Portuária. E desse evento, veio a boa notícia de que, no próximo mês, o Porto de Xangai deve começar a ter suas operações normalizadas, iniciando um grande processo de recuperação, de volta à normalidade para si e para a logística marítima global.

Trata-se, sem dúvida, de uma boa notícia. Mas o comércio internacional ainda tem duros desafios a transpor, a começar por garantir o fornecimento de fertilizantes, essenciais para nossa produção agrícola, e por buscar normalizar o mais rápido possível a disponibilidade de contêineres e o tráfego marítimo na costa brasileira, afetado pelo caos logístico.

Até a efetiva normalização, com a eliminação do caos logístico e a retomada das cadeias de suprimento globais, é essencial ao poder público e ao setor privado brasileiros continuar ampliando os fornecedores dos insumos mais demandados – principalmente fertilizantes – e diversificando as estratégias adotadas para conter as altas dos preços. E as autoridades ainda devem ficar atentas aos impactos desse cenário na própria economia brasileira, impedindo o surgimento de mais problemas.

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