quarta-feira, 18 de dezembro de 2024
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Nacional

Desafios do operador logístico

Categoria profissional que responde por 2% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, o operador logístico tem uma atuação cada vez mais estratégica no mercado. É o que revela o estudo Perfil dos Operadores Logísticos 2022, desenvolvido pela Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol), em parceria com o Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), e apresentado ontem na Câmara dos Deputados, em Brasília.

 De acordo com o levantamento, o segmento movimentou R$ 166 bilhões no ano passado, gerando 2 milhões de empregos diretos e indiretos e recolhendo aos cofres públicos R$ 44 bilhões em impostos. Os dados também mostram que, nos últimos dois anos, foi registrado um crescimento de receita bruta dos OLs, impulsionada principalmente pelo crescimento do e-commerce no Brasil. Em 2020, esses profissionais atendiam 26% deste mercado. Já em 2022, esse percentual se elevou para 42%. 

Mas essa alta da receita foi acompanhada pelo aumento dos custos com a prestação do serviço e as despesas operacionais. Isso fez com que, em sua maioria, eles não tivessem faturamentos proporcionais à demanda. 

“Percebemos que, nestes dois últimos anos, as empresas foram altamente demandadas e tiveram um faturamento muito alto. Mas as margens de lucro não acompanharam o crescimento de forma proporcional. Apenas 30% das empresas conseguiram passar adiante o aumento desses custos para o seu cliente”, afirmou a diretora-executiva da Abol, Marcella Cunha.  

Esse é, especificamente, o desafio da categoria. Há um aumento da demanda profissional, o que leva a uma alta do faturamento. Mas os custos operacionais também sobem e, em um mercado que busca reduzir ao máximo os custos logísticos, muitas vezes o operador tem sua margem de lucro reduzida. Para muitos, é a forma de se manter em um mercado que enfrenta uma de suas piores crises, com o valor crescente dos produtos e um consumidor com um poder de compra gradualmente reduzido. 

Nesse cenário, é cada vez mais necessário aos operadores reduzir os custos operacionais, um objetivo que pode ser atendido pela inovação tecnológica. Outra solução é a maior diversidade de serviços, a fim de ampliar a clientela. Não são saídas fáceis. Na verdade, são mais dois desafios que o operador logístico terá de enfrentar em um mercado cada vez mais competitivo.

 

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