Nacional
Ministro faz balanço sobre feitos do governo no setor
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, fez um balanço sobre as ações do governo no setor e confirmou que deixa a pasta no fim de março para concorrer ao cargo de governador de São Paulo. Ele participou, na tarde desta quinta-feira (17), de uma palestra transmitida pela plataforma TC, focada em investidores.
Durante a conversa, o ministro destacou o expressivo número de leilões realizados pelo Ministério da Infraestrutura durante o governo de Jair Bolsonaro, e a expectativa de melhoria nos serviços que serão administrados por empresas privadas, principalmente nos setores ferroviário e portuário.
“O Brasil passou por mudanças importantes a partir de 2016. Eu digo que saímos de uma era anti-business para entrar em uma era pró-business. Desde a mudança da lei(Lei dos Portos), em 2013, nós tivemos 47 leilões realizados pelo Ministério da Infraestrutura e 34 foram realizados de 2019 até aqui. Dez foram feitos de 2016 a 2019, e lá atrás foram três”, explica.
O ministro atrelou o sucesso dos pregões aos “projetos bem estruturados” e a propostas que fazem sentido aos investidores. “Nós aprendemos a tratar de riscos que não sabíamos antes, usamos novas tecnologias de licitação, negociamos com outorga variável, temos técnicos que fazem toda a diferença na hora de pensar um projeto”, disse.
SABESP PRIVATIZADA
Pré-candidato ao governo do Estado, Tarcísio afirmou que vai privatizar a Sabesp, Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, se for eleito.
“A Sabesp é uma empresa arrumada, mas empresa privada cobra tarifa mais barata de saneamento, então precisa vender a participação sim”, disse.
Segundo o ministro, a venda poderia ser feita em duas etapas: o estado mantém a participação minoritária em um primeiro momento. Na segunda etapa, quando a empresa estiver valorizada, o governo sai completamente da gestão.
Ele não informou quem vai assumir o cargo de ministro após a sua saída, mas afirmou que os trabalhos em andamento não serão paralisados.
Ao ser questionado sobre futuras alianças e indicações políticas, Tarcísio disse que, se eleito, vai trabalhar com técnicos, assim como faz no cargo atual.
”Eu trabalho com técnicos e vou manter isso no governo do Estado. É possível fazer coalizão? Sim, mas apenas se o indicado tiver perfil moral e técnico adequado à função”.