Transportes e sustentabilidade
O compromisso expresso pelo subsecretário de Sustentabilidade do Ministério dos Transportes, Cloves Benevides, na COP28, em Dubai, evidencia a crescente importância do desenvolvimento sustentável no cenário da infraestrutura brasileira. Destacando que é imperativo conciliar desenvolvimento, proteção do clima e direitos das pessoas, Benevides sinaliza uma mudança de foco crucial para o setor.
Com base nos mesmos critérios, o secretário nacional de Transportes Ferroviários, Leonardo Ribeiro, ressalta a necessidade de investir em modais menos poluentes, como as ferrovias, que representam atualmente 17% do transporte de carga no país. O Plano Nacional de Logística visa aumentar essa participação para 34,6% até 2035, oferecendo não apenas eficiência operacional, mas também um avanço ambiental significativo, dado que o transporte ferroviário emite apenas 5% de CO2.
Em meio ao avanço dos investimentos em infraestrutura de transportes, é crucial que o Governo priorize opções sustentáveis. Desenvolver modais menos poluentes, como ferrovias e hidrovias, torna-se essencial para minimizar os impactos ambientais e promover uma infraestrutura de transporte mais eficiente e responsável.
A economia nacional deve ter suas demandas atendidas e a malha de transportes, ampliada a fim de escoar a produção brasileira sem prejudicar sua competitividade. Mas tais ações devem ser realizadas com o mínimo impacto ambiental. A sustentabilidade tem de ser um critério essencial nesses processos. Não se trata apenas de uma demanda ideológica ou científica, mas do próprio mercado. Descartar tal valor, hoje, é colocar em risco a viabilidade de um projeto e, até mais, o próprio futuro da sociedade brasileira.