Um passo importante
A iniciativa das principais companhias aéreas brasileiras para reduzir os preços de suas passagens é um passo positivo em direção a tornar o transporte aéreo mais acessível e estimular o setor do turismo. Os anúncios feitos nessa segunda-feira, dia 18, por Latam, Gol e Azul, em colaboração com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, refletem um esforço conjunto para tornar as viagens aéreas mais acessíveis aos brasileiros.
A Azul, ao comercializar 10 milhões de bilhetes até R$ 799, com a inclusão de marcação de assento e bagagem despachada para compras de última hora, está buscando proporcionar opções acessíveis para os viajantes. Da mesma forma, a Gol, ao disponibilizar 15 milhões de assentos com preços até R$ 699 e tarifas especiais com antecedência, está oferecendo alternativas para diferentes perfis de passageiros.
A Latam, por sua vez, ao ofertar 10 mil assentos adicionais por dia, destinar um destino abaixo de R$ 199 toda semana e manter o desconto de 80% para tarifas de assistência emergencial, está contribuindo para ampliar a acessibilidade aos voos. Essas ações conjuntas indicam uma resposta do setor aéreo à busca por soluções que possam beneficiar o consumidor final.
O papel do Ministério de Portos e Aeroportos é crucial nesse contexto, e a busca por medidas que impactem diretamente no custo das passagens é louvável. A tentativa de diálogo com o Ministério de Minas e Energia e a Petrobras para reduzir o valor do Combustível de Aviação (QAV) é um passo adicional para lidar com um componente significativo do custo das passagens.
Outras iniciativas, como a utilização do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) como garantia em operações de crédito e o estímulo à entrada de empresas de baixo custo no Brasil, também são estratégias que, a longo prazo, podem contribuir para uma maior competição e, consequentemente, para preços mais acessíveis.
A projeção do programa “Voa Brasil”, que oferecerá passagens a R$ 200 para determinados segmentos da sociedade brasileira em 2024, também é uma medida promissora, embora o lançamento tenha sido adiado para a segunda quinzena de janeiro. O diálogo e a cooperação entre o Governo e as empresas aéreas são fundamentais para garantir que essas iniciativas se traduzam em benefícios concretos para os passageiros.
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) destaca, corretamente, que ações de longo prazo são necessárias para efetivamente reduzir custos e criar condições para o crescimento sustentável do setor. Contudo, as medidas anunciadas representam um passo positivo no sentido de tornar o transporte aéreo mais inclusivo e, por conseguinte, fomentar o desenvolvimento econômico por meio do turismo.