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Adilson Luiz Gonçalves

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Áreas do Porto – algumas sugestões

Tempos atrás, mais exatamente em 2019, sugeri que a região do Valongo, caso fosse retomada a proposta de revitalização, também abrigasse um “Port Center”, reunindo todos os órgãos que atuam no Porto de Santos. Seria uma forma já adotada em outros portos de otimização e agilização de processos, pela articulação de ações conjuntas. Foi mais ou menos nessa época que foram iniciadas tratativas para a implantação de um “Port Community System” (PCS) por aqui.

Ainda aguardamos ansiosamente cenas dos próximos capítulos sobre o PCS.

Nesse meio tempo, foi retomada a discussão sobre a revitalização da área do Valongo, que evoluiu de forma extremamente positiva, com a Autoridade Portuária de Santos, a Prefeitura de Santos e operadores portuários privados emparceirando as obras necessárias nas áreas dos Armazéns 4 a 6, algo inédito no âmbito da relação porto-cidade, muito bem-vindo, aliás.

Melhor, ainda, também está em pauta a revitalização das áreas dos Armazéns 1 a 3.

É o Parque Valongo tomando forma!

A revitalização prevê atividades nas áreas de gastronomia, cultura, turismo, náutica, eventos e contemplação, e contribuirá significativamente para a revitalização do Centro Histórico de Santos.

Junto às iniciativas de repovoamento dos bairros lindeiros, que também será beneficiada pela geração de empregos que se espera, a expectativa é de que o Centro Histórico recupere o esplendor de outrora, e volte a fervilhar com o ir e vir de santistas, por trabalho ou lazer, e turistas.

Haveria espaço para essa área também abrigar setores administrativos de empresas portuárias? Caso isso seja possível, tal ocupação proporcionaria mais espaço para as áreas operacionais, otimizando a capacidade estática e dinâmica de terminais.

Não seria um “Port Center”, mas esse tipo de ocupação pode incluir a recuperação e a manutenção do patrimônio histórico portuário.

Lembro que uma das questões que eram consideradas no início dos processos de revitalização de áreas portuárias desativadas, no Brasil, era de como viabilizar a autossustentabilidade financeira das atividades a serem implantadas. A Estação das Docas, em Belém/PA, considerada uma referência, precisa de aporte financeiro do governo estadual. De outro lado, o Píer Mauá, parte do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro/RJ, está diretamente associado ao terminal de cruzeiros.

É certo que a possível transferência do terminal de cruzeiros de Outeirinhos para o Valongo será mais uma importante iniciativa para a revitalização do Centro Histórico, incrementando o turismo e atividades culturais, que já contam com o Museu Pelé, a Igreja do Valongo, a Estação do Valongo, o Bonde Turístico, os teatros Coliseu e Guarany, a Casa de Frontaria Azulejada, a Casa do Trem Bélico, Monte Serrat, o Museu de Arte Sacra, o Memorial e o Palácio José Bonifácio, a Fundação Arquivo da Memória, a Igreja do Rosário, o Complexo do Carmo, o Panteão dos Andradas…

Mas, voltando à questão da otimização das áreas operacionais de terminais arrendados, consta que a Autoridade Portuária de Santos dispõe, dentre outros imóveis, um que, salvo engano, está atualmente ocioso: o antigo Restaurante Portuário, na esquina da Av. Mário Covas com o Canal 6, que já foi ocupado pelo Ogmo-Santos e pela Fundação Cenep-Santos. Esse prédio é amplo e o pé-direito do térreo pode comportar mezaninos ou até um novo pavimento, a ver.

Estando, de fato, ocioso, essa edificação não poderia sediar áreas administrativas e órgãos intervenientes, quem sabe o tal “Port Center”?

Enfim, são apenas sugestões.

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TAGS áreas dos Armazéns PORTO DE SANTOS Valongo

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