sábado, 18 de janeiro de 2025
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Opinião

Editorial

O caso Gol

O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) anunciou, na última sexta-feira (26), que está acompanhando de perto a situação da Gol Linhas Aéreas, após a decisão da companhia de solicitar recuperação judicial nos Estados Unidos devido a dívidas estimadas em R$ 20 bilhões. O MPor informou que está trabalhando em conjunto com a empresa e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para assegurar a continuidade dos serviços prestados à população.

Em comunicado, o Ministério destacou os impactos adversos causados pela pandemia de Covid-19 no setor de aviação civil, expressando a esperança de que o plano de reestruturação da Gol fortaleça a empresa, permitindo um aumento progressivo em sua capacidade de investimentos para melhor atender à população.

É crucial que as autoridades brasileiras estejam atentas à situação e trabalhem ativamente para garantir a estabilidade dos serviços prestados pela Gol no País. A pandemia já impôs desafios significativos ao setor de aviação, e é do interesse público evitar quaisquer impactos adicionais que possam prejudicar a conectividade aérea, afetando passageiros, colaboradores e o setor como um todo.

O pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, no âmbito do “chapter 11”, é uma medida legal para proteger a empresa durante negociações com credores. A Gol enfatizou que essa ação não afetará voos, clientes ou funcionários. No entanto, é essencial que as autoridades brasileiras monitorem de perto o desdobramento dessa situação para garantir que os serviços aéreos da Gol permaneçam inalterados e que não haja impactos negativos para os passageiros e o mercado de aviação no Brasil.

O Governo Federal tem um papel vital em apoiar a estabilidade e a recuperação do setor de aviação, colaborando com as companhias aéreas para encontrar soluções estruturantes. A criação de medidas que fortaleçam o setor, como o novo Fundo Nacional de Aviação e a redução do preço do querosene de aviação, são passos positivos. A manutenção de um diálogo próximo com as empresas do setor e a busca de soluções conjuntas são essenciais para garantir a continuidade dos serviços e a preservação dos empregos associados à aviação civil no Brasil.

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