O navio Forte de São Felipe encalhou no canal de acesso ao terminal da Alumar, em São Luís, no Maranhão, na tarde deste sábado (17). (Foto: Divulgação)
Região Nordeste
Navio encalha no canal de acesso ao terminal da Alumar, no Maranhão; veja vídeo
Embarcação está carregada com 20 mil toneladas de bauxita
O navio Forte de São Felipe encalhou no canal de acesso ao terminal da Alumar, em São Luís, no Maranhão, na tarde deste sábado (17). A embarcação, que pertence à empresa Elcano S.A., está carregada com 20 mil toneladas de bauxita, utilizada na produção de alumínio pelo Consórcio de Alumínio do Maranhão, além de água e combustível.
O navio tinha vindo do Pará e por volta das 13h de ontem precisou mudar de berço devido a um problema no guindaste do porto da Alumar. Durante a manobra, segundo informações iniciais, o prático teria saído da rota e acabou atolando devido à maré baixa, numa região com muitas rochas e bancos de areia.
A Capitania dos Portos do Maranhão foi acionada e enviou uma equipe ao local. Seis rebocadores foram mobilizados para desencalhar o navio, mas a tentativa não deu certo e a operação foi paralisada por falta de navegabilidade.
Um gabinete de crise com membros da Marinha, da Elcano, do Governo do Maranhão e da Alumar foi formado para acompanhar a operação de desencalhe, marcada para a maré alta, na madrugada deste domingo. A tentativa de reflutuação aconteceu por volta de 1h30 e durou quase 3 h, mas não teve êxito.
Especialistas que acompanharam a operação acreditam que é preciso retirar a carga e esperar maior amplitude da maré – mas ainda não há horário para uma nova operação neste sentido.
A Marinha informou que não há indícios de danos estruturais ou vazamento de resíduos poluentes e os tripulantes passam bem. Um “Aviso aos Navegantes” foi divulgado informando a posição do navio para evitar riscos à navegação na área.
A Capitania ressaltou que um inquérito administrativo será instaurado para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades pelo ocorrido.
Em nota, a Alumar disse que “embora o navio não seja controlado e operado pela ALUMAR, imediatamente após o ocorrido, o Consórcio se colocou à disposição para apoiar a Praticagem, o Armador do Navio responsável e as Autoridades competentes. Foram acionados, preventivamente, o Plano de Emergência Individual (PEI) e o Plano de Ajuda Mútua (PAM)”.