Intermodal: três dias de inovação, debates e recordes quebrados

Edição 2024 da feira de logística, transportes e comércio exterior reuniu o maior número de expositores e de público

A 28ª edição da Intermodal South America, que aconteceu no São Paulo Expo entre terça-feira (5) e quinta-feira (7), reuniu mais de 500 marcas, de 15 países, neste que é o considerado o mais tradicional encontro de logística, transportes e comércio exterior da América Latina. Esta foi a maior edição da feira, com recorde de público e marcas presentes. Mais de 44 mil pessoas passaram pelos corredores da Intermodal.

O evento também teve a 2ª edição do Interlog Summit, com dois congressos simultâneos e mais de 30 horas de conteúdo através de palestras e workshops.

Em sua segunda edição, o Interlog Summit leva o tema De ponta a ponta na cadeia logística: Soluções para maximizar a conectividade, a cooperação e a sustentabilidade do setor, que foi tratado pela XXVII CNL – Conferência Nacional de Logística, e tem curadoria da Abralog (Associação Brasileira de Logística) e do Congresso Intermodal South America.

Ao longo de três dias, o público pôde conferir dezenas de estandes das marcas com as mais atuais inovações tecnológicas nos portos de todo o País, empresas de logística e transportes, infraestrutura, num espaço plural para a troca de ideias e o fechamento de negócios.

Houve participação de autoridades, especialistas do setor e empresários, que debateram os rumos dos modais de transportes brasileiros.

Para Hermano Pinto Jr., diretor do portfólio de Infraestrutura da Informa Markets Brasil, promotora e organizadora da Intermodal, a edição apresenta equilíbrio da presença de empresas representantes de todos os modais de transporte (aéreo, ferroviário, rodoviário e aquaviário), além dos segmentos de tecnologia, soluções para o setor portuário e intralogística. “A Intermodal 2024 terá uma matriz de transporte de carga ideal na oferta de soluções, inovação e serviços state-of-the-art”, diz.

No primeiro dia do evento, o destaque foi para a assinatura de um acordo de cooperação com os Países Baixos (onde fica a Holanda) com foco no desenvolvimento de portos verdes. Assinaram o documento os ministérios de Portos e Aeroportos e dos Transportes; a Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos da Casa Civil; a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq); a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT); o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit); e a Infra SA.

O projeto é uma parceria público-privada entre os países, com prazo de três anos. O objetivo é apoiar empresas neerlandesas a exportar e investir no Brasil, além de apoiar empresas brasileiras com investimentos e exportações para os Países Baixos.

A ideia é que o acordo amplie conjuntamente a cooperação bilateral e auxiliar na troca de conhecimento para promover iniciativas públicas e privadas no âmbito do desenvolvimento portuário da logística portuária, da produção de hidrogênio verde, entre outros.

Já no segundo dia, autoridades portuárias, terminais privados, além de entidades e instituições ligadas ao setor assinaram a primeira Aliança Brasileira para Descarbonização de Portos (ABDP). O ato oficial que confirmou o lançamento da nova aliança ocorreu no estande do Porto do Itaqui, do Maranhão, e reuniu diversos representantes de portos brasileiros, terminais privados e associações ligadas ao setor.

No último dia do evento, houve diversos acordos firmados. Só a Autoridade Portuária de Santos (APS) fechou parcerias com a autoridade portuária dos portos de Lisboa e Setúbal (Portugal), a Universidade de Valência (Espanha) e a autoridade portuária de Roterdã, nos Países Baixos (Holanda).

Outro aspecto da Intermodal 2024 destacado por Hermano Pinto Jr. é a presença de empresas que participam pela primeira vez do evento. “Este ano, mais de 30% do grupo de empresas presentes no evento participa de forma inédita da Intermodal, como CMA CGM Brasil, BDP South America, TSA Logística e XCMG Brasil, o que indica que o mercado vem se atualizando, e cerca de 10% são empresas que retornaram ao evento, depois de algum período ausentes. Tudo isso é fruto do aquecimento no setor no Brasil e no mundo”, conclui.