quarta-feira, 18 de dezembro de 2024
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Hidrovias, portas do celeiro do mundo

Auspiciosa a notícia de que o Ministério de Portos e Aeroportos assinou o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para a elaboração de projetos de concessão das hidrovias do Tocantins e Tapajós. A parceria será com a Antaq e o financiamento do BNDES.

Segundo o diretor de Planejamento e Relações Institucionais do BNDES, Nelson Barbosa, a parceria pode render investimentos de até R$ 4 bilhões. Explicou também que três projetos poderão ser desenvolvidos no rio Tocantins, se estendendo por 1.582 km entre os municípios de Belém do Pará e Peixe. No rio Tapajós, uma avaliação preliminar aponta que 700 km poderão ser concebidos em dois trechos principais, entre Barcarena a Melgaço, no Pará, e de Santarém a São Luiz do Tapajós.

A recente criação de uma secretaria nacional específica deu fôlego às tratativas. Em um país pleno de bacias hidrográficas e que historicamente deu as costas aos rios, privilegiando as rodovias para ocupação total do seu território, as ações e iniciativas em curso trazem a esperança de acesso a rincões produtivos até então relegados. A região do Norte é o melhor exemplo.

Ainda recentemente o tema foi destaque no Norte Export, fórum promovido pelo Grupo Brasil Export, em Palmas, capital de Tocantins. No evento, o diretor do Departamento de Navegação e Hidrovias , Dino Batista, disse que o processo de licenciamento do Pedral do Lourenço, no Pará, pode ser concluído em outubro, permitindo que as obras sejam iniciadas já no ano que vem.

A modelagem da concessão da hidrovia do Rio Madeira foi aprovada pela Antaq e encaminhada para análise do MPor. O Rio Madeira, que tem 1.075 km de extensão, é rota fundamental para o escoamento da produção de grãos dos estados do Mato Grosso e de Rondônia, bem como para o deslocamento de passageiros na região.

Iniciativas como essas dão a esperança de que em poucos anos o país possa fazer com que seus rios sejam as principais artérias de circulação da rica produção onde um dia se chamou “o celeiro do mundo”.

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