Desenvolvimento coletivo
Nas últimas décadas, a sociedade tem cobrado dos setores econômicos uma postura diferenciada, mais preocupada com seus impactos ambientais e de maior responsabilidade diante da sociedade, tanto em relação a sua governança, como pela sua participação no desenvolvimento da comunidade. E cada vez mais os empreendimentos devem ser desenvolvidos de forma sustentável. Vários exemplos mostram que essa nova forma de atuar não representa a geração de novos custos. Até há gastos que não eram realizados antes, mas a médio prazo, esse comportamento resulta em ótimos resultados para os negócios.
Essa visão foi destacada pela coordenadora de Delegações da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA), Flavia Nico Vasconcelos, em live realizada pela Associação de Terminais Portuários Privados (ATP) na última semana e que é destaque em reportagem publicada nesta edição do BE News. Como destaca Flávia, “o caminho da sustentabilidade é um caminho de oportunidades”, para a comunidade próxima e, com isso, para o próprio empreendimento.
De acordo com a coordenadora, “fazer sustentabilidade portuária é focar no social” e, para isso, deve–se reconhecer os riscos referentes aos projetos desenvolvidos, a identificação dos impactos negativos e positivos e a gestão de ações de engajamento e de comunicação com os diferentes stakeholders. Isso acaba atraindo oportunidades para a região e, assim, colaborar com o desenvolvimento socioeconômico local. Com isso, “aquela comunidade que atrapalhava passa a ser parceira de um porto com propósito, que se importa com aquele lugar onde está e com aquela comunidade”, afirmou.
É cada vez mais evidente que o desenvolvimento não ocorre de forma individual. E no setor portuário não é diferente. O crescimento de um complexo portuário passa, essencialmente, pelo crescimento de sua comunidade. A estratégia envolve enfrentar os problemas juntos, melhorar juntos e, assim, usufruir dos resultados coletivamente.