Setor de papel e celulose anuncia investimento bilionário até 2028

Serão R$ 105 bi aplicados na construção de fábricas, na expansão de plantas e em obras para o escoamento da produção, entre outras iniciativas

Representantes do setor de papel e celulose apresentaram um plano de investimento de R$ 105 bilhões até 2028. Os recursos serão aplicados na construção de novas fábricas, na expansão de plantas existentes e em obras de infraestrutura logística para o escoamento da produção, entre outras iniciativas.

O anúncio foi feito na quarta-feira (21), após reunião no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e o presidente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), Paulo Hartung.

Os projetos anunciados por grandes empresas como Arauco, Suzano, CMPC, Bracell e Klabin, estimados em R$ 105 bilhões até 2028, visam substituir áreas de pastagem improdutiva por florestas cultivadas. As iniciativas estão alinhadas com programas do Ministério da Agricultura, que buscam aumentar a produtividade em regiões com baixo dinamismo econômico.

Com uma área de 10 milhões de hectares de florestas plantadas, a indústria de papel e celulose é um dos pilares da economia brasileira, tendo gerado US$ 10,3 bilhões em exportações em 2023. Segundo a Ibá, o setor continua a crescer, com expansão significativa observada no primeiro semestre de 2024.

Geraldo Alckmin destacou a importância do setor para a economia brasileira. “Esses investimentos são fundamentais para garantir o crescimento sustentável do setor e para consolidar o Brasil como um dos maiores produtores de papel e celulose do mundo”, disse.

Paulo Hartung, presidente da Ibá, detalhou que uma das principais fábricas em construção está localizada em Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul, com inauguração prevista para o final deste ano. O empreendimento, que recebeu R$ 22,2 bilhões, faz parte de um conjunto maior de iniciativas de modernização e expansão em todo o Brasil.

Hartung também enfatizou que o setor tem se mostrado essencial para a reindustrialização, combinando aspectos do agronegócio e da indústria, com a entrega de novas fábricas a cada ano e meio. Além disso, a sustentabilidade é um ponto central, com 90% da energia utilizada no processo produtivo proveniente de fontes renováveis.