Lixo Zero em aeroportos: um desafio para a sustentabilidade e o futuro

A discussão sobre a implementação de práticas de “lixo zero” em aeroportos, trazida à tona no fórum Sustenta Export nessa quarta-feira, dia 28, em Fernando de Noronha (PE), revela a urgência de a sociedade repensar a forma como lida com os resíduos gerados em ambientes de grande fluxo de pessoas, como os terminais aeroportuários. O exemplo do Aeroporto de Florianópolis (SC), que conseguiu reduzir significativamente o envio de resíduos para aterros sanitários, demonstra que é possível conciliar a atividade econômica com a preservação do meio ambiente.

A aplicação da metodologia de “lixo zero” em aeroportos vai além da simples coleta seletiva. Ela envolve uma mudança cultural, com a adoção de práticas mais sustentáveis por parte de todos os envolvidos, desde os gestores até os usuários. A substituição de descartáveis por produtos reutilizáveis, a instalação de bebedouros e a compostagem de resíduos orgânicos são apenas algumas das medidas que podem ser adotadas para reduzir a geração de resíduos e promover a economia circular.

O caso de Fernando de Noronha é especialmente relevante, pois a ilha enfrenta desafios específicos relacionados ao manejo de resíduos, devido à sua localização remota e à grande quantidade de visitantes. E com a expansão do turismo local, a partir da modernização de seu aeroporto, uma gestão eficiente dos resíduos sólidos se torna mais importante. A adoção de práticas sustentáveis não apenas protegerá o meio ambiente, mas também contribuirá para a imagem positiva da ilha como destino turístico responsável e comprometido com a preservação ambiental.

A experiência de outros aeroportos, como o de Florianópolis e o de São Francisco (este, nos Estados Unidos), demonstra que é possível alcançar resultados significativos na redução da geração de resíduos. No entanto, é preciso que haja um esforço conjunto de todos os envolvidos, incluindo governos, empresas, concessionárias e sociedade civil.

A implementação de políticas públicas que incentivem a adoção de práticas sustentáveis, a criação de mecanismos de fiscalização e a sensibilização da população são essenciais para o sucesso da iniciativa. Nesse cenário, medidas como a adoção de práticas de “lixo zero” em aeroportos é um passo fundamental para a construção de um futuro mais sustentável. Ao reduzir a geração de resíduos e promover a economia circular, os aeroportos podem se tornar modelos de gestão ambiental para outros setores da economia, demonstrando que é possível conciliar desenvolvimento econômico com a preservação do meio ambiente, inspirando outras instalações do segmento de transportes a seguirem o mesmo caminho.