Itaipu entra para o Guinness como maior produtora de energia acumulada

Com 3,038 bilhões de MWh gerados desde 1984, a usina binacional consolida sua liderança e celebra o reconhecimento global

A hidrelétrica de Itaipu, operada em conjunto por Brasil e Paraguai, conquistou na sexta-feira (1º) o título de “Maior produção acumulada de energia hidrelétrica”, concedido pelo Guinness World Records, o famoso Livro dos Recordes. A certificação foi anunciada pela juíza oficial do Guinness, Natalia Ramirez Talero, durante uma cerimônia realizada no hall do Edifício da Produção, na divisa entre Foz do Iguaçu (PR) e Hernandarias (Paraguai).

Esse título abrange a geração de energia da Itaipu desde maio de 1984, data em que a primeira unidade geradora entrou em operação, até outubro de 2024. Nesse período, a usina binacional produziu um total de 3,038 bilhões de megawatts-hora (MWh), volume que ainda não foi superado por nenhuma outra usina no planeta.

Com essa energia acumulada, seria possível abastecer o mundo por 43 dias e 17 horas; o Brasil, por 4 anos, 8 meses e 14 dias; o Paraguai, por 137 anos, 7 meses e 10 dias; o estado de São Paulo por 22 anos e 4 dias; além de 670 cidades do porte de Curitiba ou mais de 5.158 cidades do porte de Foz do Iguaçu durante um ano.

O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, enalteceu a conquista como resultado de décadas de dedicação e colaboração entre brasileiros e paraguaios. “Essa conquista é um símbolo gigantesco do compromisso de trabalhadores e trabalhadoras que construíram essa imensa obra e que têm um compromisso histórico com os seus países. Porque graças a essa obra nós pudemos ter mais riqueza, desenvolvimento e uma sociedade mais justa”, afirmou.

O diretor-geral paraguaio, Justo Zacarías Irún, ressaltou que o reconhecimento do Guinness ocorre em um momento especial, quando a empresa celebra 50 anos de constituição e 40 anos de operação. “E hoje temos o reconhecimento de ser a maior central hidrelétrica do mundo (em produção acumulada). Essa conquista é de milhares de trabalhadores que tornaram possível que hoje estejamos aqui”, reforçou.

A juíza Natalia Ramirez Talero detalhou que a certificação do título foi concedida após uma análise criteriosa, que envolveu a verificação de documentos e consulta a especialistas do setor elétrico. “A Itaipu tem uma vantagem muito ampla nesse processo, porque são 40 anos de produção. E o que nós estamos buscando não é somente um valor específico, mas premiar a consistência”, explicou.

“O propósito por trás disso é enaltecer o trabalho de uma empresa que é binacional, que produz energia sustentável, que é a energia que o mundo hoje precisa. Queremos que mais pessoas possam se interessar por esse tipo de energia”, acrescentou Natalia.

Renato Sacramento, diretor técnico-executivo de Itaipu, destacou que a confiabilidade das operações, a alta disponibilidade das unidades geradoras e o programa de manutenção contínua são fatores que fazem de Itaipu uma referência mundial em geração de energia. “Continuaremos assim por longos e longos anos e dificilmente seremos alcançados a curto ou a médio prazo”.

A cerimônia de entrega do certificado do Guinness contou com a presença de diretores e conselheiros da Itaipu Binacional, além de autoridades brasileiras, como o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira; o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; a ministra de Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck; e o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Ministro celebra marca e reforça liderança brasileira na transição energética

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participou na sexta-feira (1º) da cerimônia de entrega do certificado do Guinness World Records à Itaipu Binacional, nomeada oficialmente como a maior produtora de energia elétrica acumulada do planeta. Somando, são mais de 3 bilhões de megawatts-hora (MWh) desde o início de sua operação, em 1984. Segundo Silveira, essa nova conquista é um marco para o setor energético e um testemunho do compromisso da Itaipu com a geração de energia limpa e sustentável.

“A nova marca de Itaipu no livro dos recordes é uma conquista de todas as brasileiras e brasileiros, do nosso protagonismo na transição energética, mas especialmente das políticas do Ministério de Minas e Energia, do governo do presidente Lula e do exemplo de gestão do companheiro Enio Verri à frente da Binacional pelo lado do Brasil. É a energia brasileira mostrando sua importância para o mundo, se fortalecendo como mola propulsora da economia nacional e mundial, aumentando a integração entre os países e a transição energética em todo o planeta”, afirma Silveira.