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“Vamos reforçar nossa aviação comercial, nosso turismo, os voos regionais e fortalecer ainda mais a nossa economia”, declarou o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (Foto: Eduardo Valente/Secom)

Região Sul

Santa Catarina lança plano para modernizar rede de aeroportos até 2044

5 de novembro de 2024 às 8:05
Da Redação Enviar e-mail para o Autor

Projeto investirá mais de R$ 254 milhões na ampliação e adequação da infraestrutura aérea no estado

O Plano Aeroviário de Santa Catarina (Paesc) foi oficialmente apresentado pela Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias (SPAF) ao governador Jorginho Mello (PL) na segunda-feira, dia 4, na sede da Facisc (Federação das Associações Industriais do estado). O documento traça metas para o desenvolvimento da Rede Estadual de Aeroportos até 2044, com um investimento estimado de mais de R$ 254 milhões em obras e serviços necessários.

“Santa Catarina vai voar ainda mais alto com um planejamento pros próximos 20 anos. Vamos reforçar nossa aviação comercial, nosso turismo, os voos regionais e fortalecer ainda mais a nossa economia, que já é uma das mais sólidas e competitivas do país”, afirmou Jorginho Mello.

O senador e ex-secretário de SPAF, Beto Martins (PL-SC), destacou a importância do Paesc como ferramenta de orientação para investimentos nos aeroportos estaduais, salientando que “é um planejamento de 20 anos que demonstra que o governador Jorginho Mello trata o assunto como um tema de política de estado e não apenas como um projeto de governo”.

Ivan Amaral, atual secretário da SPAF, explicou que o estudo será revisado a cada cinco anos para manter o alinhamento com as mudanças do setor. “Isso traz as atualizações e garante que o Estado fique alinhado com as necessidades e mudanças do mercado aeroviário”, afirma.

Para Elson Otto, presidente da Facisc, a infraestrutura aeroviária é uma prioridade para diversas regiões catarinenses. “Este é um diagnóstico que mapeia e nos ajuda a entender, também, qual é a distância entre o que os empresários almejam e o que é possível de ser realizado”, disse ele. Otto elogiou ainda o trabalho conjunto da SPAF com a universidade e as lideranças do estado. “A SPAF ouviu os players do mercado, assim como todas as lideranças do estado para poder validar o Paesc. Foi um trabalho importante de mobilização, o que resultou em um estudo que reúne estrutura e potencialidades regionais para a viabilização de rotas aéreas domésticas e de carga no estado”, explicou.

O último plano aeroviário estadual data de 1989 e tinha previsão até 2009. A nova versão do Paesc, desenvolvida em 2024 pelo LabTrans da UFSC, reavaliou a estrutura e a classificação dos aeródromos estaduais de acordo com as legislações vigentes, apresentando diretrizes para a ampliação, adequação e implantação de infraestrutura conforme a demanda prevista para a aviação estadual. Com isso, o governo poderá planejar os investimentos necessários conforme as orientações do Paesc.

O plano

O Paesc inclui 19 aeroportos públicos, classificados em seis categorias: Regional, Regional (pequeno porte), Metropolitano auxiliar, Turístico, Local e Complementar. As classificações consideram o potencial de expansão, impacto socioeconômico, geração de viagens e projeções de tráfego. Os aeroportos de Caçador e Correia Pinto, por exemplo, foram classificados como Regionais, enquanto Joaçaba e São Miguel do Oeste foram considerados Regionais de pequeno porte. Dionísio Cerqueira foi designado como Complementar e São Joaquim como Turístico. Os aeroportos de Blumenau, Concórdia, Curitibanos, entre outros, foram classificados como Locais.

Já os aeroportos de Chapecó, Florianópolis, Joinville, Navegantes e Jaguaruna, atualmente concedidos à iniciativa privada, não fazem parte do Paesc, pois têm seus próprios planos de investimento e expansão.

Para a elaboração do Paesc, a SPAF investiu R$ 1,6 milhão, com o objetivo de atualizar o planejamento aeroviário estadual.

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