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Hudson Carvalho

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Sem promessas para 2025. Vamos nos preparar para ele – Parte 2 de 4: Quem sou eu, de verdade?

“Conhece-te a ti mesmo”

Sócrates, filósofo grego

 


P-A-R-A-B-É-N-S!!

Muita coragem a sua de voltar a esta Parte 2/4 de nossa preparação para mudarmos, de verdade, em 2025.

Você deve lembrar que nosso Propósito (assim mesmo, com letra maiúscula) é fugirmos das promessas vãs dessa época, que perduram só até a primeira dificuldade. Ao invés disso, usarmos esses dias que faltam para montarmos juntos o planejamento, que nos fará mudar de verdade, no ano que se iniciará em breve. Como sabe, serão quatro partes.

Na semana passada, no Primeiro Capítulo, pedimos que você respirasse – profundamente – uma metáfora para nos ajudar a entender quem somos, quem queremos ser e as razões pelas quais assumimos determinados comportamentos.

Ah, … eu perdi a primeira parte, …! Não tem problema. Ela está lá, guardadinha, esperando por você em “Sem promessas para 2025. Vamos nos preparar para ele – Parte 1 | BE News”, no Portal BE News.

A parte 3 tratará de “Como melhorar o meu melhor”. Vamos trabalhar nossos pontos positivos. Esqueçamos o que nos atrapalha e coloca para baixo. Nosso foco será o que temos de positivo. Só as melhores competências. A última e mais desafiadora das partes, “Dependência externa nunca mais”, será um guia para a autodisciplina. Não mais dependermos de motivação pontual e passageira, ou da ajuda externa de alguém. Ajuda continuará sendo bem vinda, mas sem dependência.

Uma observação que me fizeram algumas vezes ao longo da semana: “Já passei da idade de mudar!”. Você acha mesmo que há uma idade, seja ela qual for, muita ou pouca, que nos impeça de mudar para melhor?

Estamos na mesma página? Vamos, então, para o tema de hoje, o autoconhecimento. A dura resposta à curta, mas complexa pergunta: “Quem sou Eu?”.

Nossa reflexão precisa, obrigatoriamente, partir de dois compromissos que vamos assumir juntos. Primeiro, vamos passar uma lupa sobre quem realmente somos, sem dó nem piedade. Se algo não for bom, vamos reconhecer e registrar. Só. Sem buscar por culpas ou culpados. Sem vitimismo.

O segundo atinge o extremo oposto. Nosso exercício de autoconhecimento não vai permitir que imponhamos a nós mesmos a Síndrome do Impostor, aquela sensação que muitos temos e que nos impede de reconhecer nossas próprias realizações, como resultados de nossos esforços pessoais. Ao contrário, achar que tudo foi sorte, caiu do céu ou veio da ajuda de terceiros.

Uma dica? Fique atento a como você reage a elogios. Essa síndrome torna você seu pior inimigo e o leva à autossabotagem (nosso cérebro adora confirmar coisas, então arruma formas de minarmos nossas próprias chances de sucesso), à autodepreciação (autocobrança excessiva), à procrastinação (o resultado do que fazemos nunca está bom) e ao medo da exposição (quantas vezes temos uma boa ideia, não a colocamos em uma reunião e, minutos depois, alguém a expõe e é aplaudido por isso?).

Esse “inventário de nós mesmos”, repito, tem que ser justo conosco mesmo. Naquilo que nos falta e no que temos de sobra.

Saber quem somos (assunto de hoje) e como superar nossos limites (assunto da semana que vem), de forma perseverante, é meio caminho andado para nos tornarmos a pessoa e o profissional que desejamos ser.

Vamos para o exercício do autoconhecimento? Proponho os seguintes passos:

Comece definindo seu propósito de vida. Parece complexo, mas é simples. O segredo é ficar atento aos nossos sentimentos. O que dizem? O caminho que estou seguindo está me fazendo bem? Ou o sigo contrariado? Fazer o que nos deixa felizes dá a direção correta. Mas muito, muito cuidado: não estamos falando de felicidade efêmera, pequenas alegrias. Estamos falando de sentimento concreto de bem estar, duradouro. Então, não tenha pressa em concluir.

Outro ponto importante é questionar-se sobre o tipo de legado que pretende deixar. Não pense em legado como algo que só será “contabilizado” no final da vida. Cada lugar e pessoa que você deixa ficam com uma impressão a seu respeito. São como “pequenos legados” que você vai deixando pela vida.

Um ponto importante e que precisa ser considerado nesse exercício é aprender a dizer não. Ajuda a definir limites, sabe? Contemporizar, entender pontos de vista distintos aos nossos é importante, mas agir de forma contrária a nossos valores e convicções – só para agradar aos outros – é algo completamente diferente. Não faça.

Mais uma? Questione-se todo o tempo e, se concluir que está no caminho errado, não hesite em mudar de opinião. Os comportamentos e as formas de agir não são escritos em pedra. Sempre é tempo de fazer diferente e melhor.

Por fim, algo que – confesso – me perseguiu por muito tempo até que consegui controlar: preocupar-me com o que pensam sobre mim aqueles que não importam de verdade. Nunca me ajudou em nada. Só me consumiu tempo de ouvir quem realmente importa.

Há uma frase, a qual desconheço a autoria, que diz: “Quem não pode resolver o meu problema não precisa saber dele.”. Como dizem, foco em quem fala bem de você, quando você não está na sala.

Buscar o autoconhecimento não é tão difícil quanto você imaginava, não é mesmo?

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