O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o presidente da Aena, Maurici Lucena, descerraram a placa alusiva ao lançamento da pedra fundamental das obras. Foto: Eduardo Oliveira/MPor
Região Sudeste
Congonhas recebe investimento de R$ 2,4 bilhões para reforma
Aeroporto terá capacidade ampliada para 30 milhões de passageiros até 2030, com novo terminal e avanços sustentáveis
O Ministério de Portos e Aeroportos anunciou na quarta-feira (11) as obras de ampliação e modernização do aeroporto de Congonhas (SP). Serão investidos pela concessionária responsável pelo empreendimento, a Aena Brasil, R$ 2,4 bilhões para ampliar o número de passageiros que passam pela infraestrutura. A expectativa é que o fluxo de 22 milhões de pessoas por ano, registrado em 2023, aumente para cerca de 30 milhões até 2030.
Os serviços serão divididos em seis fases, com a conclusão final dos trabalhos prevista para junho de 2028. O plano inclui a construção de um novo terminal de passageiros e de carga no maior aeródromo da capital paulista, além de melhorias no trânsito das vias de acesso e na otimização das operações, com a reformulação do pátio de aeronaves e das pistas de taxiamento.
A área destinada ao embarque e desembarque será ampliada, dobrando sua metragem para 105 mil m². O novo terminal, quando concluído, será dedicado à entrada dos passageiros, enquanto o espaço atual será reconfigurado para atender às saídas. Com a expansão, o aeroporto também contará com 20 mil m² adicionais para estruturas comerciais.
Também será instalado um sistema mais eficiente e moderno de processamento de bagagens, com a adição de 10 carrosséis (atualmente existem três), e o aumento de cinco para sete esteiras de restituição, totalizando uma extensão de 228 metros.
A eficiência operacional promete ser aprimorada com as obras. Com a construção de um novo pátio de 215 mil m² para a aviação comercial, haverá um aumento de 30 para 37 posições de parada de aeronaves, sendo 19 nas pontes e 18 remotas, com afastamentos adequados.
Para aliviar o tráfego nas vias de acesso e facilitar a circulação de passageiros, a Aena Brasil criará um espaço exclusivo para veículos de aplicativos e locadoras, e uma nova praça de pick-up com 72 vagas para embarque de passageiros que utilizam esse tipo de transporte.
No campo da sustentabilidade, Congonhas contará com uma nova subestação elétrica, equipada com tecnologia voltada ao uso de energia limpa e à redução da dependência de combustíveis fósseis. Também será implementado um sistema de fornecimento de energia e ar-condicionado para as aeronaves nas pontes e a utilização de ônibus elétricos para o transporte de pessoas, contribuindo para a diminuição da emissão de CO2.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, classificou a futura reforma em Congonhas como “fundamental para atender melhor a população do estado de São Paulo e do Brasil”, disse. “São investimentos em toda a parte logística do aeroporto para que a gente possa, desde o acesso ao voo, levar conforto para o passageiro que utiliza”, completou.
O presidente da Aena, Maurici Lucena, esteve presente na cerimônia de lançamento da pedra fundamental. Juntamente com o ministro, ele descerrou a placa alusiva à inauguração da obra.
“A ampliação do Aeroporto de Congonhas é importante não apenas para a cidade de São Paulo, mas para todo o país, pois nos permitirá receber até 30 milhões de passageiros ao ano. Congonhas se tornará nosso quinto principal aeroporto. Os investimentos nos aeroportos administrados pela Aena beneficiam diretamente os estados onde estamos presentes e são nossas obras mais importantes fora da Espanha”, disse Lucena.
Licenciamento
Elisabete França, secretária de Urbanismo e Licenciamento da Prefeitura de São Paulo, deu detalhes sobre o andamento do projeto.
“Estamos vendo o licenciamento. A gente sabe da complexidade da obra por estar em uma área urbana, tendo um patrimônio considerado a ser respeitado e preservado. A Aena está buscando respeitar todos os desafios ambientais”, afirmou.
O secretário nacional de Aviação Civil, Tomé Franca, mencionou que o Governo Federal vai fiscalizar a execução dos serviços.
“São Paulo está precisando, e Congonhas também. Vamos acompanhar as obras de perto para que um investimento dessa magnitude tenha seus prejuízos mitigados durante a operação. Precisamos estar juntos na execução desses investimentos para que os passageiros continuem decolando com qualidade”, contou.
Também participaram do evento o vice-governador do estado de São Paulo, Felício Ramuth (PSD); Santiago Yus, diretor-presidente da Aena Brasil; o diretor-presidente substituto da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Tiago Pereira; e o deputado federal Celso Russomanno (Republicanos-SP).