Todo o trecho sob concessão, de 850 km, entre os municípios de Itiquira (MT) e Sinop (MT), estará duplicado até 2029. Foto: Divulgação/BNDES
Região Centro-Oeste
BNDES aprova R$ 5 bilhões para duplicação da BR-163, no Mato Grosso
Investimento vai melhorar logística do agronegócio, gerar empregos e reduzir acidentes até 2029
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um aporte de R$ 5,05 bilhões para a duplicação de 444 km da BR-163, principal rota do agronegócio no Mato Grosso. A obra, conduzida pela Concessionária Nova Rota do Oeste, faz parte de um investimento total de R$ 9 bilhões, incluindo melhorias ao longo do trecho.
A BR-163 tem 3.269,3 km de extensão, conectando Tenente Portela (RS) a Santarém (PA), além de ter um trecho complementar entre Oriximiná e Óbidos, no Pará. É uma das principais vias do interior do país, integrando as regiões Sul, Centro-Oeste e Norte, com papel estratégico no escoamento da produção agrícola dessas áreas.
Desde 2014, trechos nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul estão sob concessão privada, que se estenderá por 30 anos, como parte do Programa de Investimentos em Logística.
O financiamento inclui a subscrição de R$ 4,575 bilhões em debêntures e R$ 475 milhões pelo programa BNDES Finem. O BNP Paribas participou da emissão de debêntures, ao lado do banco estatal. O objetivo é duplicar os 850 km de rodovia sob concessão, entre Itiquira e Sinop, até 2029, beneficiando 19 municípios e dois terços da população mato-grossense.
Com a conclusão, espera-se a redução de 35% nos acidentes e 20% no tempo de viagem entre Cuiabá e Sinop. A obra também deve gerar 3.400 empregos durante a execução e 2.400 após a implantação. A BR-163 escoa mais de 20% das exportações agrícolas brasileiras, equivalente a 40 milhões de toneladas ou US$ 33 bilhões em 2023.
Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, destacou o impacto do projeto: “O apoio à duplicação da BR-163 reforça o compromisso do governo Lula com o crescimento econômico, o agronegócio e a população do Mato Grosso. Também destrava investimentos, consolidando a primeira solução consensual no setor.”