Vítimas da queda de avião em Gramado seguem em estado grave

Aeronave colidiu com casas e comércios, ferindo 17 pessoas em terra. Cenipa e Polícia Civil investigam causas do acidente

Duas das 17 pessoas feridas no acidente aéreo em Gramado (RS) seguem internadas em estado grave. O bimotor caiu no domingo (22), atingindo uma área urbana da cidade. As pacientes, duas mulheres, foram transferidas para hospitais de Porto Alegre, a cerca de 100 km de distância.

Uma delas, de 51 anos, está na UTI do Hospital Cristo Redentor, com queimaduras de 2º e 3º graus em 30% do corpo. A outra, de 56 anos, sofreu queimaduras em 40% do corpo e está sob cuidados intensivos no Hospital de Pronto Socorro. Ambas permanecem sedadas.

Outras 15 pessoas, que estavam próximas ao local do acidente, receberam alta entre domingo e segunda-feira (23). A queda do avião, que ocorreu por volta das 9h30, atingiu uma casa, uma loja de móveis e a chaminé de um prédio, além de espalhar destroços que feriram hóspedes e funcionários de uma pousada.

O avião, modelo PA-42-1000 da Piper Aircraft, pertencia ao empresário Luiz Cláudio Salgueiro Galeazzi, de 61 anos. Ele estava acompanhado da esposa, Tatiana Natucci Niro, suas três filhas, a sogra, a cunhada e a família dela, totalizando 10 ocupantes. Nenhum deles sobreviveu.

Os corpos foram levados ao Departamento Médico Legal de Porto Alegre, onde passarão por exames de DNA para identificação. A aeronave havia decolado de Canela (RS) às 9h12 com destino a Jundiaí (SP), mas caiu minutos depois.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e a Polícia Civil apuram as causas do acidente. Segundo o governador Eduardo Leite, o empresário enfrentou condições climáticas desfavoráveis no momento da decolagem, mas detalhes serão esclarecidos pelas investigações.

A área foi isolada para perícia e combate às chamas. Na segunda-feira pela manhã, a rodovia RS-235, que liga Gramado a Canela, foi reaberta. As autoridades pedem que curiosos evitem o local.