Profundidade do Rio Tocantins atrapalha buscas após desabamento de ponte

Usina Hidrelétrica de Estreito chega a reduzir vazão da água para ajudar equipes. Número de vítimas fatais sobe para oito

A profundidade do Rio Tocantins tem sido um grande obstáculo para as equipes que trabalham nas buscas pelas vítimas do desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek, que ligava as cidades de Estreito, no Maranhão, e Aguiarnópolis, no Tocantins, ocorrido no último domingo (22). Segundo a Marinha do Brasil, em alguns pontos, a profundidade chega a 40 metros, o que tem dificultado a localização dos veículos submersos.

Desde o colapso da ponte, oito vítimas fatais foram confirmadas. Na manhã de quinta-feira (26), quando a operação de resgate foi retomada, mais dois corpos foram encontrados. No entanto, nove pessoas ainda estão desaparecidas. A ação conjunta envolve mergulhadores e militares da Marinha, além de equipes dos corpos de Bombeiros dos estados do Maranhão, Pará e Tocantins.

Para auxiliar na localização dos veículos submersos, segue em operação o equipamento SideScan Sonar. Além disso, a Usina Hidrelétrica de Estreito reduziu a vazão da represa no início da manhã de quinta-feira, visando facilitar as buscas.

Análises da água

As autoridades também realizaram novas análises da água para verificar a presença de substâncias perigosas que possam representar risco aos mergulhadores. Três dos veículos que caíram no rio durante o desabamento eram caminhões carregados com defensivos agrícolas e ácido sulfúrico, o que exige um cuidado extra.

Em paralelo, o Governador de Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), informou que está em contato com o Ministério dos Transportes para buscar soluções alternativas para o tráfego, uma vez que a ponte colapsada era uma importante rota de ligação entre os estados. Até o momento, uma dessas alternativas é a ponte que liga o Tocantins ao Maranhão, através da cidade de Imperatriz. Além disso, uma balsa deverá chegar até o fim de semana para ajudar na travessia entre os estados.