A crise diplomática com o Paraguai ocorre poucos dias antes da posse do presidente venzezuelano Nicolás Maduro para seu terceiro mandato, marcada para sexta-feira, dia 10 (Foto: EPA/Miguel Gutierrez/Agência Lusa via Agência Brasil)
Mercosul
Venezuela rompe com Paraguai por apoio a opositor de Maduro
Presidente paraguaio Santiago Peña reconheceu a vitória de Edmundo González na eleição presidencial venezuelana de 2024
O governo da Venezuela ordenou a retirada de seus diplomatas do Paraguai após o presidente Santiago Peña reconhecer Edmundo González como o vencedor da eleição presidencial venezuelana de 2024. Isso ocorre poucos dias antes da posse de Nicolás Maduro para seu terceiro mandato, marcada para sexta-feira, dia 10. O governo de Caracas também acusou a Argentina de ações de desestabilização, incluindo um suposto plano de assassinato contra a vice-presidente Delcy Rodríguez.
A Venezuela criticou a postura do Paraguai e reiterou que a intervenção externa violaria o princípio da autodeterminação dos povos. Caracas ainda defende a legitimidade das eleições de 2024, apesar das acusações da oposição e da comunidade internacional sobre a falta de transparência e irregularidades no processo. O governo venezuelano enfrenta uma crescente pressão interna e externa, enquanto os opositores convocam protestos e prometem ação militar para derrubar Maduro.
Sobre a acusação de envolvimento da Argentina em planos de desestabilização, Maduro afirmou que os serviços de inteligência venezuelanos identificaram mercenários de diversas nacionalidades envolvidos em atividades terroristas, enquanto a Argentina nega as alegações.
O México confirmou que enviará um representante à posse de Maduro. É esperado também o envio de representantes de Brasil e Colômbia, embora com reservas quanto ao resultado eleitoral.
González nos EUA
O candidato de oposição Edmundo González, que se considera o verdadeiro vencedor do pleito na Venezuela, foi recebido nos Estados Unidos pelo presidente Joe Biden e por Mike Waltz, assessor de Segurança Nacional do presidente eleito Donald Trump.
O apoio de Biden a González é repudiado por Caracas, que afirma que as eleições foram validadas pelas instituições do país.