Empresa aérea Azul. Foto: Agência Brasil
Nacional
Azul conclui negociações e elimina R$ 11 bi em dívidas com fornecedores
A companhia aérea informou que as negociações melhoram o fluxo de caixa e também citou crises que levaram ao cenário
A empresa aérea Azul anunciou ontem (28) que concluiu seu processo de reestruturação, iniciado em 2024, e garantiu ter finalizado a negociação com arrendadores, fabricantes de aeronaves e detentores de títulos de dívidas, o que resultou na exclusão de mais de R$ 11 bilhões em dívidas e obrigações, segundo a companhia. A empresa trocou dívidas com arrendadores e fabricantes avaliadas em US$ 557 milhões (cerca de R$ 3,3 bilhões) por 94 milhões de novas ações preferenciais, cuja emissão será concluída ainda neste trimestre.
Além disso, a Azul converteu mais de US$ 784,6 milhões (cerca de R$ 4,4 bilhões) de dívidas financeiras com vencimento em 2029 e 2030 em ações preferenciais. Houve também outras melhorias no fluxo de caixa, segundo a empresa. Para a conta, a empresa também contabiliza juros, variação cambial e encargos gerais. As informações são da Folha de São Paulo.
Em nota a jornalistas, a companhia aérea disse que se viu no ano passado diante de cenários externos além do controle da empresa. A Azul citou desvalorização do real frente ao dólar, custos elevados de operação impactados pelo preço do querosene de aviação, alto índice de judicialização no setor, crise na cadeia de produção e as enchentes no Rio Grande do Sul, que interromperam a operação no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre.
“A finalização dos acordos, além de proporcionar uma melhoria no fluxo de caixa nos próximos três anos, trará uma desalavancagem sobre os números do 3º trimestre de 2024”, afirma a companhia, em comunicado.
15 NOVOS JATOS E FUSÃO.
Para este ano, a empresa prevê a chegada de 15 novos jatos comerciais da família E2 da Embraer.
Em janeiro, a Azul e Gol assinaram um memorando de entendimento que, se cumprido, levará à fusão das duas companhias, após a aprovação pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Se a negociação ocorrer, a previsão é que a conclusão aconteça somente no segundo semestre.