O anúncio foi feito em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), nesta quinta-feira (30). Foto: Ricardo Stuckert/PR
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Em coletiva, Lula diz que não interfere no preço do diesel
Presidente também falou sobre possibilidade de substituições de ministros em 2025, sem citar nomes
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que não interferiu em qualquer tipo de reajuste que impacte a comercialização do preço do diesel nos postos de combustíveis, ressaltando que essa é uma escolha de responsabilidade da Petrobras. O anúncio foi feito em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), nesta quinta-feira (30).
“Eu não autorizei aumento do diesel, porque desde o primeiro mandato eu aprendi que quem autoriza o aumento do petróleo e dos derivados do petróleo é a Petrobras, e não o presidente da República”, declarou.
A respeito das futuras decisões que serão tomadas pela empresa, Lula reforçou que, ainda que sejam elevados os preços, ficarão abaixo do que era praticado no governo anterior. “Se a Petrobras tiver que fazer um reajuste, ainda assim, não levando em conta o aumento da inflação de 2023/2024, será menor que em dezembro de 2022”.
No próximo sábado, 1º de fevereiro, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) estadual será elevado sobre o diesel em R$ 0,06 e sobre a gasolina em R$ 0,10 por litro, conforme aprovado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) no final de 2024.
Os valores são definidos para unificar a tributação dos entes federativos e garantir que todos sigam as mesmas regras fiscais. O ICMS corresponde apenas a uma fração do valor final do combustível, que também é impactado pelos impostos federais e pelas margens da Petrobras, das distribuidoras e dos revendedores.
Greve
A respeito de um possível movimento contrário do setor de transporte e logística diante do aumento do diesel, Lula disse ser capaz de resolver qualquer greve futura dos motoristas.
“Se houver uma movimentação de caminhoneiros, eu vou fazer o que eu sempre fiz a vida inteira: vamos conversar. Vamos colocar o ministro dos Transportes (Renan Filho) e a ministra da Administração, Esther Dweck, para conversar. Não temos nenhuma preocupação, vamos conversar com todo e qualquer setor que tiver problema com o governo”, declarou.
Reforma ministerial
Quanto à definição dos nomes escolhidos para gerenciar os 38 ministérios do governo, o presidente adiantou que ainda não decidiu se haverá substituições em 2025.
“É assim que a gente faz na política: se tiver uma pessoa que foi chamada para administrar uma área e não estiver atendendo a contento, você troca. Isso será feito na maior liberdade possível, com o mesmo carinho com que eu convoquei, eu posso tirar uma pessoa”, pontuou Lula.
O chefe do Executivo contou que, na última reunião ministerial, deu a oportunidade de 5 minutos para cada chefe de ministério apresentar seu balanço de ações, como uma espécie de avaliação da presidência.
“Não posso dizer quem vai ser. Se eu pudesse falar, eu falaria”, finalizou Lula.