A Inteligência Artificial auxilia na previsão localizada de eventos extremos, como secas e geadas, permitindo o planejamento mais preciso de atividades como irrigação e colheita (Foto: Divulgação/GAtec)
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Inteligência Artificial revoluciona o agronegócio brasileiro
Para especialistas, tecnologia otimiza produção, reduz desperdícios e promete práticas agrícolas mais sustentáveis
O agronegócio brasileiro vive mais uma transformação com a chegada da Inteligência Artificial (IA) às lavouras e agroindústrias. Após as revoluções da mecanização e da agricultura 4.0, a adoção da IA promete aumentar a eficiência, reduzir desperdícios e tornar as práticas agrícolas mais sustentáveis.
Soluções baseadas em IA já são aplicadas, por exemplo, para monitorar grandes áreas de cultivo, identificar pragas e doenças e até prever estresse hídrico em plantas. O uso de sensores IoT (sigla em inglês para Internet das Coisas) permite coletar dados sobre umidade do solo e temperatura, enquanto algoritmos analisam essas informações para prever necessidades e otimizar o uso de insumos, como fertilizantes e defensivos.
A IoT refere-se à rede de dispositivos físicos interconectados que podem coletar e trocar dados. No contexto agrícola, os sensores IoT são usados para monitorar variáveis importantes, como umidade do solo, temperatura e condições ambientais, permitindo um gerenciamento mais eficiente e preciso das lavouras.
Dado o cenário climático, em que os produtores têm pouco controle, a IA auxilia na previsão localizada de eventos extremos, como secas e geadas, permitindo o planejamento mais preciso de atividades como irrigação e colheita.
“Embora existam barreiras de adesão e entendimento, o potencial da IA para transformar a agricultura é imenso. Ela pode garantir maior produtividade e impactos positivos para as gerações futuras”, diz o empresário Michel Breyer, da Senior Agro, que oferece ferramentas como a Agro Check, capaz de identificar anomalias na classificação de grãos e fornecer insights baseados em IA generativa.
A automação agrícola também ganha força. Máquinas equipadas com essa tecnologia podem operar autonomamente, realizando tarefas como plantio, colheita e distribuição de insumos. Além disso, ferramentas de análise financeira baseadas em IA ajudam a detalhar custos de produção e a rentabilidade de culturas.
Soluções
Apesar dos avanços, o setor ainda enfrenta dificuldades, como falhas no monitoramento da saúde das plantações e desorganização fiscal. Segundo Breyer, a IA e a gestão integrada têm transformado esse cenário, oferecendo uma visão estratégica de todo o ciclo produtivo e otimizando recursos.
“Com o Brasil consolidado como um dos maiores fornecedores de alimentos do mundo, a adoção da IA surge como uma solução para equilibrar crescimento e sustentabilidade. A tecnologia promete não apenas aumentar a competitividade do agro brasileiro, mas também reforçar sua posição como líder global na produção agrícola”, conclui.