sábado, 23 de novembro de 2024
Dolar Com.
Euro Com.
Libra Com.
Yuan Com.

Estilo BE

A última das românticas

Atualizado em: 3 de fevereiro de 2024 às 12:06
Ivani Cardoso Enviar e-mail para o Autor
Divulgação

Divulgação

Era uma vez …. 

Uma menininha gordinha de cabelos encaracolados que adorava conversar e tomar sorvete. Num mesmo dia, desapareceu três vezes do olhar vigilante da mãe e foi encontrada conversando e tomando sorvete ao lado de estranhos. Mas a tal menininha já deu trabalho antes de nascer. Era uma gestação de gêmeos, mas um dos bebês morreu no terceiro mês. A mãe Rosane fez uma promessa para Nossa Senhora de Fátima para que a outra criança sobrevivesse e, mesmo nascendo com sete meses, deu tudo certo. E tem mais: demorou dois anos para andar, mas com sete meses já estava falando e nunca mais parou.

Parece fantasia, não é? Pois é real, faz parte das muitas histórias da Hevelyn Thiza Fátima Wolff de Souza, uma pessoa muito querida por todos que fazem parte do Fórum Brasil Export. Além de Diretora de Eventos e Missões, também é Diretora de Eventos da Bossa, nova empresa que faz parte do grupo e tem organizado vários encontros, inclusive internacionais.

Hevelyn nasceu em Campinas, onde sempre viveu, e se formou em Administração de Empresas. Depois veio para São Paulo e ficou de 2013 a 2018, até seguir para fazer pós-graduação em Gerenciamento de Hospitalidade na Universidade de San Diego, Califórnia, nos Estados Unidos. Voltou para São Paulo em 2020, e desde então está na Una Eventos, com Fabricio Julião. Agora está terminando a pós-graduação virtual em Marketing, a única forma de conseguir continuar estudando.

Agitada como ela, é a sua vida. Antes de entrar na Una trabalhou em uma agência de eventos em Campinas,  saiu para atuar como comissária de bordo na Gol, foi radialista na Jovem Pan de Campinas, atuou em seguros e até em call center. O primeiro emprego foi com 13 anos no crediário de uma loja durante as férias escolares, porque queria muito um relógio que o pai Arcenio não tinha condições para dar. 

Inicialmente queria dar aulas e até fez Magistério, mas o máximo que conseguiu foi ser professora de inglês e catequista. “Sou muito cristã, sinto falta de não ter tempo para ser mais ativa na igreja, mas é lindo olhar para trás e saber que tem algumas criancinhas que se entregaram a Cristo pela mão que eu conduzi, é muito gratificante”, diz.

Quando o pai precisou escolher entre pagar a faculdade de Relações Públicas para ela e Engenharia Civil para o irmão, foi a primeira a abrir mão e adiar os planos. Ficou dois anos sem estudar, depois tentou Teologia na PUC, mas desistiu quando não viu futuro profissional. Foi fazer Administração de Empresas, mas com a certeza de que sua missão era ajudar as pessoas a realizarem seus desejos: “Organizar eventos é isso, ver o projeto se desenvolver, deixar as pessoas felizes, faço tudo com muito amor”.

O maior desafio é atender à expectativa do chefe, Fabrício Julião: “Eu levo para a minha carreira que fazer eventos é superar, é entregar um pouco a mais do que esperam. Fabrício, além de ser muito exigente, conhece bem o setor e é muito inteligente. Aprendo muito com ele, às vezes encontra uma solução que eu não tinha pensado”.

Para ela, canceriana que evita dizer não na vida pessoal ou profissional, atuar no Brasil Export tem sido um enorme aprendizado: “Aprendi com o Fabricio que, às vezes, um sim é necessário mesmo que mais para a frente vire um não, mas um não embasado. Como sou muito acelerada, também exercito a paciência para ouvir e não interromper as pessoas. E saber que o não planejado pode ser melhor ainda”.

Hevelyn entrou em 2020 durante a pandemia e já organizou cerca de 40 eventos. Agora conta com o apoio de Isadora Gonçalves e elas fazem todo o pré-evento, desde contratações, contatos e articulações, escolha de hotel, transfer, horários de visitas, credenciamento e atendimento às autoridades, entre tantas outras tarefas.

Difícil mesmo é o dinamismo das atividades durante todo o ano. “Ocorrem muitas alterações, algumas na véspera, outras no dia. Com isso aprendi a ser mais flexível, a sair da zona de conforto. Como sempre fui uma pessoa de rotinas e planejamentos, o Brasil Export me deu mais jogo de cintura e mais resistência às mudanças”. E o espantoso é saber que ela não gosta de viajar e detesta fazer mala, quer levar tudo que tem em casa.

Manter uma vida pessoal equilibrada é ainda mais complicado. Comenta que só quando Fabrício solta o calendário ela tenta programar o ano. E como toda boa história, nossa princesa revela que o maior sonho é se casar: “Sou a última das românticas, mas até agora não aconteceu. Eu não perco a esperança. Esse ano resolvi que vou cuidar mais de mim, não sofrer por antecipação. Como adoro ficar em casa, quero sair mais, sei que o príncipe não vai chegar de IFood”.

Animadíssima com o lançamento do calendário no dia 6, em Brasília, ela está confiante no sucesso de toda programação. Agora temos a TV, uma ótima equipe comercial e na comunicação, vamos alterar entregas nos eventos de networking com boas novidades. E tem a missão internacional que será em um cruzeiro na Itália, que já está despertando muito interesse”.

De momentos especiais lembra seu primeiro evento em 2020, em Macapá, quando o conselheiro José Roberto Campos se desequilibrou em uma das calçadas irregulares da cidade. “Foi um susto e até a Hevelyn comissária de bordo apareceu para os primeiros socorros. Acho que depois disso criei um vínculo lindo com seu Campos, e o Fabrício viu que podia confiar em mim”.

Em um dos últimos eventos, em Singapura, a emoção de se encontrar em um pequeno grupo após o jantar e receber o convite para ir até a casa de Ana, a guia local. Foram seis apertados em um carro, todos divertindo-se muito. “O Brasil Export cria vínculos fortes, tenho momentos lindos para guardar e ótimos amigos que vão fazer parte da minha vida para sempre”.

Compartilhe:
TAGS