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A soja em grãos, farelo e óleo de soja somaram US$ 2,9 bilhões em receita, com 6,5 milhões de toneladas exportadas, aumento de 18% em relação ao mesmo período em 2023 (Foto: Diego Vargas/Seapa)

Região Sudeste

Agro de Minas Gerais bate recordes históricos nas exportações

Atualizado em: 30 de setembro de 2024 às 3:50
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Setor registra crescimento de 15% na receita e atinge US$ 11,1 bilhões em vendas internacionais

As exportações do agronegócio de Minas Gerais atingiram novos recordes nos primeiros oito meses de 2024, conforme mostram os dados de janeiro a agosto. O setor registrou um aumento de 15% na receita e 14% no volume exportado em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando os melhores resultados desde o início da série histórica em 1997. No total, foram US$ 11,1 bilhões em receita e 12,4 milhões de toneladas embarcadas para 165 países. Segundo a Superintendência de Inovação e Economia Agropecuária da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a receita anual pode chegar a US$ 17 bilhões se o cenário atual se mantiver.

O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, destacou o papel fundamental da excelência do agro mineiro nos resultados. “Nosso agronegócio produz com responsabilidade, qualidade, segurança e muita atenção a cada etapa. Cada item que embarcamos é fruto da união entre trabalho bem feito, conhecimento, aplicação de tecnologias e competência de cada elo da cadeia”, afirmou.

Em agosto deste ano, as exportações do agronegócio mineiro somaram US$ 1,3 bilhão, com 1,4 milhão de toneladas exportadas. Embora tenha havido uma leve queda de 4,2% na receita e 18% no volume em comparação a agosto de 2023, espera-se que a receita mensal continue em torno de US$ 1 bilhão até o final do ano.

As exportações de café tiveram desempenho excepcional, com receita de US$ 4,5 bilhões e o embarque de 19 milhões de sacas para 85 países. Isso representa um crescimento de 33% na receita e 28,4% no volume exportado. O café solúvel, em particular, registrou um aumento expressivo, com um crescimento de 625% no valor e 619% no volume, impulsionado por maiores compras de países como Rússia e Países Baixos.

A soja em grãos, farelo e óleo de soja somaram US$ 2,9 bilhões em receita, com 6,5 milhões de toneladas exportadas. Apesar de uma leve retração na receita devido à redução da safra, o volume exportado aumentou 18%. O setor sucroalcooleiro, composto por açúcar de cana, álcool e outros açúcares, também apresentou resultados expressivos, com receita de US$ 1,4 bilhão e 2,9 milhões de toneladas exportadas. O açúcar destacou-se, com aumentos de 32% no valor e 23% no volume.

O setor de carnes registrou crescimento de 12% no volume exportado, com 315 mil toneladas, gerando US$ 993 milhões em receita, um aumento de 10%. A carne bovina liderou o segmento, com receita de US$ 706 milhões e 601 mil toneladas embarcadas. No setor de silvicultura, as exportações de celulose, madeira, papel e borracha totalizaram US$ 793 milhões e 1,2 milhão de toneladas, com a celulose sendo o destaque, somando US$ 773 milhões e 1,1 milhão de toneladas exportadas.

Novos mercados

A China permaneceu como o maior mercado para os produtos agropecuários de Minas Gerais, respondendo por US$ 3,4 bilhões em exportações. Outros compradores importantes incluíram os Estados Unidos (US$ 1,1 bilhão), Alemanha (US$ 779 milhões), Itália (US$ 450 milhões) e Bélgica (US$ 438 milhões). Além desses, novos mercados foram conquistados no período, como Sérvia, Barbados, Turcomenistão e São Vicente e Granadinas, que passaram a importar produtos do agronegócio mineiro.

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