A ação deflagrada em Paranaguá é semelhante à Operação Hórus, que é permanente, e já apreendeu 1,8 mil toneladas de drogas (cred. Cláudio Neves/Portos do Paraná)
Região Sul
Albatroz: operação de combate ao tráfico é deflagrada em Paranaguá
Forças de segurança estaduais e instituições federais atuarão em conjunto no combate ao crime organizado no litoral do Paraná
A Operação Albatroz, de combate ao tráfico internacional, foi deflagrada ontem, no Porto de Paranaguá (PR). A força-tarefa reúne diversos órgãos de segurança estaduais e federais.
Os trabalhos são coordenados pela Secretaria de Operações Integradas (Seopi), do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, e conta com a atuação integrada da Polícia Federal, Receita Federal, das polícias Civil e Militar do Paraná, Guarda Portuária, Marinha do Brasil, Ministério da Agricultura e do Abastecimento, Ministério da Infraestrutura e Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
“Essa operação faz parte de um programa nacional, o Guardião das Fronteiras, desenvolvido em todo o Brasil. Começamos a planejar também a segurança nas fronteiras marítimas do País e este ano já executamos a operação no Rio Grande do Norte e o Paraná é o segundo estado contemplado. É um momento importante no combate ao crime organizado no País”, destacou o coordenador geral de Fronteiras do Ministério da Justiça, coronel Saulo de Tarso Sanson Silva.
A ação deflagrada em Paranaguá é semelhante à Operação Hórus, que é permanente. “Desde 2019, fazemos isso a nível federal, estadual e municipal nas fronteiras Oeste e os protocolos de atuação integrada e os planos de operação vêm desse encontro, integrar forças para o bem comum”, afirmou Sanson.
“Os portos, pela sua excelência na movimentação logística de cargas, não poderiam ficar de fora desse importante reforço, que inicia agora e com a intenção de ser modelo para outros portos”, apontou o chefe da Guarda Portuária, Cézar Kamakawa.
“A gente sabe do problema de segurança pública no litoral, a atuação de quadrilhas, o próprio escoamento do tráfico internacional, então, isso visa trazer um ganho para a segurança pública”, disse o delegado titular do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Civil, Rodrigo Brown de Oliveira.
“Esse trabalho integrado procura trazer um resultado melhor neste início da temporada de verão, pós-pandemia, justamente porque vamos ter um grande fluxo de pessoas nos municípios e queremos trazer um reforço no combate ao crime organizado”, complementou.
Já o delegado da Receita Federal, Gerson Zanetti Faucz, destacou o ganho que a troca de informações entre as instituições integradas vai trazer no combate ao crime organizado. “A Receita Federal, ao longo da sua atuação de controle aduaneiro, de mercadorias e veículos que entram na zona primária, atua bastante nesse controle ao tráfico porque possui muitas informações de quem está entrando e saindo do País, então essa operação, na qual cada um tem o seu campo de conhecimento, vai trazer mais benefícios para a segurança pública do País”, afirmou.
Hórus
Desde o início da Operação Hórus, em maio de 2019, até outubro deste ano, foram apreendidas 1,8 mil toneladas de drogas, com prejuízo estimado em R$ 7,4 bilhões ao crime organizado nas fronteiras brasileiras, incluindo a apreensão de produtos de contrabando e descaminho.