Na coletiva de imprensa, ao lado de ministros e do governador do Amazonas, Wilson Lima (União), Alckmin reforçou que não faltarão recursos para enfrentar o problema em ManausCrédito: Cadu Gomes/VPR
Nacional
Alckmin assina ordens de serviço para obras de dragagens emergenciais no Amazonas
Vice-presidente e ministros do Governo visitaram locais mais afetados pela estiagem
Uma grande comitiva do Governo Federal, liderada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, visitou Manaus (AM) nesta quarta-feira, dia 4, para acompanhar os problemas causados pela estiagem na região Norte. No local, ele assinou duas ordens de serviços para o início imediato dos serviços de dragagem dos rios Solimões e Madeira, visando recuperar a capacidade de navegação. Conforme já anunciado, o Governo Federal vai investir R$ 138 milhões para solucionar o problema.
Duas obras serão executadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A primeira, no valor de R$ 38 milhões, será a dragagem de uma extensão de oito quilômetros do Rio Solimões, entre os municípios de Tabatinga e Benjamin Constant. Segundo o Governo Federal, os serviços já iniciaram e deverão ser concluídos em 30 dias.
Já para o Rio Madeira foram destinados R$ 100 milhões. Os trabalhos de dragagem, de acordo com o Governo, devem durar até 45 dias.
“São oito quilômetros (do Rio Solimões) e R$ 38 milhões em investimento. A outra dragagem deve começar daqui a 15, 20 dias, na foz do Rio Madeira com o Rio Amazonas. É uma obra maior. São (obras em) 12 quilômetros que vão ajudar também na questão da navegação”, disse o vice-presidente.
A comitiva do Governo fez uma vistoria nas consideradas principais áreas atingidas pela estiagem. Eles visitaram o Porto de Manaus, onde é feito o transporte de mercadorias, além de fazer um sobrevoo na região do Catalão.
A situação no Amazonas compromete o transporte e o abastecimento, impactando diretamente a vida das comunidades. Os rios estão com níveis críticos, dificultando a navegação e causando preocupação entre os moradores, além de deixar em terra firme as casas flutuantes da região.
Na coletiva de imprensa, ao lado de ministros e do governador do Amazonas, Wilson Lima (União), Alckmin reforçou que não faltarão recursos para enfrentar o problema em Manaus.
“(O presidente) Lula nos solicitou que viéssemos aqui para verificar os problemas da seca e que fizéssemos reunião de trabalho para ouvir a comunidade. Não faltarão recursos. Quem tiver necessidade, vão encaminhando para que a gente, dentro da lei, possa liberar os recursos o mais rápido possível e atender a população”, afirmou o vice-presidente.
A comitiva que esteve em Manaus foi composta pelos ministros Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança Climática), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), Sílvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e Alexandre Silveira (Minas e Energia).
Térmicas e diesel acionadas por precaução
Geraldo Alckmin afirmou que as térmicas a diesel da região Norte podem ser acionadas por “precaução” para reduzir os efeitos da seca, que já estão afetando a geração hidrelétrica.
O vice-presidente afirmou que foi feita a estocagem do diesel em julho e agosto para Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC), com a possibilidade de estiagem por causa do El Niño.
“Houve um trabalho importante já com antecedência e o ministro de Minas e Energia vai poder explicitar melhor a necessidade. Isso vai ser conversado com o operador nacional do sistema, sobre ter uma segurança maior reativando térmica na região, por precaução e segurança”, destacou Geraldo Alckmin.
Até o momento, a estiagem já provocou a paralisação da usina de Santo Antônio, em Rondônia, de 3.568 MW de capacidade. A hidrelétrica não teve como continuar gerando após o Rio Madeira ficar em nível 50% mais baixo que a média histórica.