O vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin comemorou o impacto do programa Mover no estímulo a investimentos privados de R$ 130 bilhões na indústria automotiva no Brasil. Foto: Valdenio Vieira/Seaud-PR
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Alckmin diz que programa Mover já tem 121 empresas habilitadas
Vice-presidente e ministro apresentou os eixos da Nova Indústria Brasil e os avanços alcançados durante abertura de fórum no Recife
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou que o programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação) já aprovou 121 empresas para receber créditos financeiros como incentivo para investimentos em inovação e descarbonização na indústria automotiva. Ele deu essa informação na segunda-feira (2), durante a abertura do 13º Fórum Nordeste, realizado no Recife (PE).
Essa notícia foi um dos destaques do eixo Sustentabilidade da Nova Indústria Brasil, a política industrial lançada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em janeiro deste ano. Alckmin apresentou aos participantes do fórum, promovido pelo Grupo EQM, os eixos da Nova Indústria Brasil (NIB) e os avanços alcançados até o momento. O evento contou com a participação de cerca de 500 executivos das áreas de etanol, biocombustíveis, investidores, comunidade acadêmica e autoridades — entre elas os ministros Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação) e José Múcio (Defesa), a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), o prefeito do Recife, João Campos (PSB), e o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Ricardo Capelli.
Nesta edição, o fórum está focado em discutir a descarbonização da economia, a transição energética e novos negócios no setor.
Sobre o Mover, o vice-presidente comemorou o impacto do programa no estímulo a investimentos privados de R$ 130 bilhões na indústria automotiva no Brasil. “Todas [as montadoras] praticamente já investiram. E foram R$ 12 bilhões somente aqui em Goiana”, lembrou. O município de Goiana, em Pernambuco, é sede do polo automotivo da Stellantis.
Alckmin também mencionou que, no ano passado, o governo brasileiro encerrou a isenção de Imposto de Importação do etanol, que favorecia os produtores dos Estados Unidos, prejudicando a indústria local de açúcar e etanol. A medida ajudou a fortalecer essa indústria no Brasil, especialmente na região Nordeste.
Ainda no eixo Sustentabilidade, foco do fórum, o ministro ressaltou, entre outros pontos, o projeto de lei do Combustível do Futuro, que está prestes a ser aprovado no Congresso e dará grande impulso aos biocombustíveis. “Prevê biogás, o biometano, o SAF, biodiesel, etanol, enfim, ele vem ao encontro do compromisso do Brasil com o combate às mudanças climáticas e a descarbonização ou desfossilização, que é o que nós todos desejamos”, disse Alckmin.
O vice-presidente também discutiu os demais eixos da Nova Indústria Brasil — inovação, competitividade e exportações.
No eixo de inovação, Alckmin anunciou avanços na redução do tempo de avaliação de registro de patentes no Brasil. “O INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) estava levando quase sete anos para registrar uma patente. Reduzimos para 4,5 anos. No ano que vem, chegaremos a 3 anos e, em 2026, a 2 anos, que é o padrão internacional”, afirmou Alckmin.
No eixo de competitividade, foram destacados a criação da Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD) e o programa de Depreciação Acelerada, que permitirá a modernização do parque fabril do país. Segundo Alckmin, até o final desta semana deve ser definida a lista dos setores industriais que serão contemplados.
Por fim, o vice-presidente enfatizou a importância da desburocratização em andamento para simplificar e reduzir custos no processo exportador. Entre os avanços estão o Portal Único de Comércio Exterior e a Licença Flex, que permite que uma mesma licença seja utilizada para várias operações. “Essa desburocratização é extremamente relevante para a gente reduzir custos e poder avançar ainda mais”, concluiu.