O governador do estado, Wilson Lima, reuniu 30 secretarias e órgãos estaduais para tratar das ações do Estado no enfrentamento à estiagem de 2024 e combate às queimadas, que crescem no segundo semestre do ano. Foto: Alex Pazuello
Região Norte
Amazonas estuda medidas para enfrentar maior estiagem da história
O governador do estado, Wilson Lima, reuniu 30 secretarias e órgãos estaduais para tratar das ações do Estado no enfrentamento à estiagem de 2024
Com os dados dos sistemas de monitoramento apontando que em 2024 o período de estiagem na Amazônia deve ser adiantado em 30 dias – e os impactos já podem ser sentidos a partir do mês de julho -, o governo do Amazonas se prepara para enfrentar os efeitos da seca mais devastadora da história, segundo as previsões de institutos científicos.
Na última quinta-feira, 20, o governador do estado, Wilson Lima, reuniu 30 secretarias e órgãos estaduais para tratar das ações do Estado no enfrentamento à estiagem de 2024 e combate às queimadas, que crescem no segundo semestre do ano.
Durante a reunião, foram apresentados os trabalhos já em andamento e o planejamento estadual para os próximos dois meses. Desde o ano passado, o governo do Amazonas vem trabalhando no planejamento e, no início do ano, iniciou um trabalho de prevenção com o objetivo de mitigar os impactos causados pela seca – especialmente voltados ao abastecimento de água potável, de insumos e medicamentos para a saúde, para a produção rural, e logística para a manutenção do funcionamento da rede estadual de educação.
A vazante dos rios Madeira, Negro, Solimões e Amazonas vem sendo acompanhada com grande preocupação, principalmente pelo castigo às comunidades ribeirinhas – que na seca do ano passado ficaram sem acesso à água tratada – mas também pelos danos causados aos segmentos econômicos, que usam os rios como meio de transporte de passageiros e cargas.
O mais recente boletim hídrico divulgado pelo governo de Rondônia revelou que o rio Madeira já estava 4 metros abaixo da marca registrada no mesmo período do ano passado, dado que preocupa especialistas e moradores.
“Desde fevereiro nós estamos nos mobilizando. Houve todo um planejamento assim que nós superamos aquela situação do ano passado e entramos pelo início do ano de 2024, fazendo esse trabalho e entendendo quais as ações que nós deveríamos implementar. E também a comunicação que nós deveríamos fazer principalmente aquelas empresas, órgãos, comércio, indústria, que tratam de serviços que são essenciais para a nossa população”, disse o governador.
Dragagem dos rios
No último dia 19, o Governo Federal atendeu ao pleito do governador do Amazonas e assinou a publicação de editais para contratação das dragagens de trechos dos rios Amazonas e Solimões.
Serão investidos R$ 505 milhões em obras para recuperar a capacidade de navegação dos rios, essencial no transporte de pessoas e no escoamento de mercadorias.
O edital prevê a contratação das dragagens em quatro trechos: Manaus-Itacoatiara; Coari-Codajás; Benjamin Constant-Tabatinga; Benjamin Constant-São Paulo de Olivença.