estatal que administra o complexo portuário santista, assinou nesta segunda-feira (23) dois acordos de cooperação técnica com as startups Navalport e Logshare, que fazem parte do sistema Cubo Itaú, um hub que reúne soluções inovadoras para o mercado, em São Paulo.
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Ano eleitoral pode dificultar processo de desestatização do Porto de Santos
Comentário foi compartilhado pela deputada federal Rosana Valle (PL-SP) e pelo CEO do Brasil Export, Fabrício Julião
O ano de 2022 é considerado um “ano difícil” para cumprir o cronograma da desestatização do Porto de Santos (SP), prevista para ocorrer até o fim deste ano. A opinião foi compartilhada pelo CEO do Brasil Export, Fabrício Julião, e pela deputada federal Rosana Valle (PL-SP), em entrevista concedida ao jornalista Zerri Torquato, na edição de ontem (23) do quadro Brasil Export, no programa ZR News, transmitido sempre às segundas-feiras, às 12 horas, pelo portal BE News e pela rádio Santos FM (92,5FM, na Baixada Santista).
Fabrício Julião acredita que o processo de desestatização do complexo portuário santista ainda precisa ser mais discutido e detalhado. “Vivemos um conflito porque é ano de eleições e precisamos ter o tempo necessário para maturar a ideia, para que lá na frente não haja arrependimentos, porque isso impactaria a cadeia logística em nível nacional”, explicou.
A deputada federal Rosana Valle compartilhou da opinião de Fabrício e disse que é difícil resolver todas as questões que envolvem a desestatização do Porto de Santos ainda neste ano. “É preciso analisar como faremos a desestatização sem privilegiar este ou aquele grupo empresarial, um dos grandes temores do setor portuário em relação a este processo. Tenho acompanhado as audiências públicas e vejo que a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e o Ministério da Infraestrutura (Minfra) têm ouvido muito o setor para cessar os receios e para que se chegue a um modelo que agrade a todos”, pontuou.
A parlamentar acredita que a desestatização pode melhorar também a relação porto-cidade e citou áreas que precisam ser revitalizadas, como os armazéns do Valongo (do 1 ao 8), projeto que segue parado há mais de dez anos. A intenção é transformar o local em um centro de turismo e lazer.
“Temos áreas que podem ser melhoradas culturalmente, como a revitalização dos armazéns. E temos a nossa esperada ligação seca entre Santos e Guarujá, obra que foi incluída nesse processo num valor de R$ 3,4 bilhões. Então precisa ver quem vai bancar. É uma obra gigantesca que, para mim, será a principal obra no sentido de trazer o desenvolvimento da Baixada Santista e toda a nossa região”, analisou Rosana Valle.
Aeroporto de Guarujá
A deputada falou também sobre o andamento das obras no Aeroporto Civil Metropolitano da Baixada Santista, no Guarujá (SP). Via emenda, Rosana Valle conseguiu no fim do ano passado que a bancada paulista de deputados federais aprovasse o recurso de R$ 10 milhões destinados à Infraero para a realização de obras no local.
Em janeiro deste ano, o Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) também aprovou o repasse de R$ 5,2 milhões para a construção do terminal de passageiros e do cercamento da pista.
A parlamentar explicou que, no momento, a Prefeitura de Guarujá realiza um estudo solicitado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). “O recurso está garantido”, declarou.