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No ano passado, a Petrobras e sua subsidiária Transpetro conduziram testes no Terminal de Rio Grande utilizando misturas variadas de biodiesel no bunker de origem mineral (Foto: Divulgação)

Nacional

ANP autoriza Petrobras a vender combustível com 24% de biodiesel

12 de julho de 2024 às 8:03
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Segundo a empresa, os testes com a mistura não apontaram ocorrência atípica no funcionamento dos motores das embarcações

A Petrobras obteve na quinta-feira, dia 11, a autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a comercialização de combustível marítimo (bunker) com conteúdo renovável. A companhia é a primeira no país a receber a permissão para entregar ao mercado um bunker com 24% de biodiesel.

No ano passado, a estatal e sua subsidiária Transpetro conduziram testes no Terminal de Rio Grande (Terig) utilizando misturas variadas de biodiesel no bunker de origem mineral. No primeiro houve a inclusão de uma mistura com 10% de biodiesel, e nos dois últimos, com 24%. Em todos os casos, na matéria-prima da parcela renovável foi adicionado o percentual de 30% em volume de gordura animal (sebo de boi) somados aos 70% de óleo de soja. Esses têm sido os ingredientes comuns na produção de biodiesel veicular no Brasil.

Segundo a Petrobras, o produto foi testado em situações reais de navegação e acompanhamento de dados de navios, como consumo, potência desenvolvida, distância percorrida, além do desempenho do combustível em filtros e sistemas de purificação. Os resultados indicaram que não houve ocorrência atípica no funcionamento dos motores das embarcações, tampouco nos sistemas de tratamento do combustível (centrífugas e filtros), confirmando as viabilidades operacionais e comerciais do bunker com conteúdo renovável.

No primeiro teste com 24% de biodiesel, realizado em junho de 2023, a redução na emissão de gases de efeito estufa (GEE) em relação ao bunker totalmente mineral ficou em torno de 17%. E no segundo, feito em dezembro, 19%.

Ainda de acordo com a estatal, o biodiesel presente no VLS (Very Low Sulfur) B24, produzido pela companhia, é certificado pela ISCC EU RED, uma das mais tradicionais certificações existentes no mercado, aplicável para rastreabilidade e cálculo das emissões de gases de efeito estufa de matérias-primas e bioprodutos sustentáveis.

“A autorização da ANP reforça a estratégia da Petrobras no desenvolvimento de produtos mais sustentáveis para oferecer ao mercado combustíveis com maior valor agregado e com baixa pegada de carbono”, disse a empresa em nota.

Segundo o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, “o desenvolvimento de tecnologias e produtos mais sustentáveis é prioridade para a companhia. A autorização concedida pela ANP para a comercialização do VLS B24 é mais um indicativo da correção da nossa estratégia de apresentar soluções economicamente viáveis e adequadas às demandas da sociedade por sustentabilidade”.

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