O secretário especial de Estudos e Projetos da Antaq, Bruno Pinheiro, participou da live promovida pelo Comitê de Infraestrutura da agência e transmitida pelo canal da ATPCrédito: Reprodução/ATP
Nacional
Antaq confirma audiência pública sobre concessão do Rio Madeira para 2024
Segundo secretário, agência e Infra SA serão parceiras no desenvolvimento da modelagem
O secretário especial de Estudos e Projetos da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Bruno Pinheiro, afirmou que os estudos para a concessão do Rio Madeira, no Amazonas, serão disponibilizados em 2024 no formato de audiência pública.
De acordo com Bruno Pinheiro, a empresa Infra SA foi escolhida pela Antaq para a parceria na modelagem dos estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental (EVTEA).
“A estratégia do Madeira é essa; contratar a Infra SA […] A nossa ideia não é se fechar em copas e o mercado conhecer o nosso projeto lá na audiência pública. Não, a ideia é a gente construir um estudo, elaborar o texto, mas ouvir o mercado, pegar todos os subsídios, todas as sugestões […] E na audiência pública estar com um projeto que atenda, não sei a todos, mas a maioria”, disse.
A declaração foi dada durante a live promovida pelo Comitê de Infraestrutura da Antaq e transmitida pelo canal da Associação de Terminais Privados (ATP) na última sexta-feira, dia 22. A secretaria que está sob a coordenação de Bruno Pinheiro vem realizando estudos para melhorar o funcionamento das hidrovias brasileiras.
O secretário afirmou que por conta da seca que atinge a região Norte, a Antaq pretende ampliar áreas de levantamentos batimétricos para calcular o comportamento do Rio Madeira. Ele lembrou de uma nota técnica da Antaq que sugeriu ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) uma intervenção no Rio Madeira.
O estudo mostrou que em alguns trechos não trafegam mais navios com 11,5 metros de calado. Segundo o levantamento, chegam a 31 centímetros de calado por dia. “Estamos indo para calado de 9 metros, isso dificulta a navegação”,informou.
Segundo a Antaq, o Brasil utiliza apenas 29,7% da capacidade hidroviária do país. De acordo com a ATP, um comboio de transporte aquaviário equivale a mais de 250 vagões ou a mais de 500 carretas. O custo de implantação de hidrovia é apenas de 2% a 8% dos necessários para a construção de ferrovias e rodovias, respectivamente.