O novo terminal da APM Terminals, subsidiária do grupo dinamarquês A.P. Moller – Maersk, no Porto de Suape, em Pernambuco, vai começar a operar em 2026
Região Nordeste
APM conclui demolição e inicia nova fase de seu novo terminal
Previsão é que novo espaço comece a funcionar no segundo semestre de 2026
O novo terminal da APM Terminals, subsidiária do grupo dinamarquês A.P. Moller – Maersk, no Porto de Suape, em Pernambuco, vai começar a operar em 2026. Este é considerado como o maior investimento portuário da companhia na América Latina.
Após concluir a demolição de estruturas antigas no Complexo de Suape na última semana, a empresa iniciou uma nova fase em seu projeto de expansão portuária na região. Considerada a maior demolição já realizada no estado, a operação gerou 20 milhões de toneladas de resíduos que, segundo a empresa, foram geridos “cuidadosamente”.
Com o terreno preparado, a construção do pátio de condomínios, que será o coração do novo terminal, terá início nas próximas semanas. O responsável pela área de Integração de Negócios da APM Terminals Suape, Herllon Rossato, informou que essa fase trará impacto direto na geração de empregos, com previsão de 500 postos diretos e cerca de 2 mil indiretos. “Esse projeto não apenas fortalece a infraestrutura portuária, mas também traz novas oportunidades para a economia local, contribuindo para a redução do desemprego na região”, disse Rossato.
A APM Terminals tem atualmente cerca de 22 mil colaboradores e fez 27 mil escalas de navios em 2023. De acordo com a empresa, além de ampliar a capacidade portuária do estado, o novo terminal fortalecerá a cabotagem e aprimorará as conexões de Pernambuco com mercados internacionais, beneficiando setores como varejo e indústria. A expectativa é que a infraestrutura entre em operação no segundo semestre de 2026, criando aproximadamente 350 empregos diretos e 1,4 mil indiretos a longo prazo.
Em maio, o BE News conversou com o diretor-presidente da APM Terminals Suape, Aristides Júnior, e com o diretor-presidente da APM Terminals Pecém, no Ceará, Daniel Rose, durante a realização da Feira Intermodal South America 2024, realizada em março, em São Paulo. Os executivos explicaram que os dois terminais vão ser complementares e vão dar melhores opções para os armadores.
De acordo com Aristides, a implantação do terminal de contêineres da APM em Suape terá três fases. “Vamos começar a primeira fase com 430 metros de berço, a princípio para atender o volume da companhia, algo em torno de mais ou menos 400 mil TEUs. E a partir daí, vamos entender como vai ser a resposta do mercado. Dependendo de como for essa resposta, vamos dar gatilho na segunda fase, onde estamos falando de 700 metros de berço, dois berços operacionais, operando 700 mil TEUs em carga”, explicou.
A terceira e última fase, segundo o presidente do APM Suape, tem a ver com a projeção de ganho de capacidade, onde existe a possibilidade de expansão do terminal, chegando a movimentação de 1,8 milhão de TEUs em cargas. “É um planejamento estratégico, que depende, claro, de uma série de sucessos nesta caminhada. Expectativa de R$ 2,6 bilhões em investimentos”, explicou.
Também no Nordeste, a APM já tem um importante ativo localizado no Porto do Pecém, no Ceará. O diretor-presidente do terminal, Daniel Rose, analisou que o futuro empreendimento da Companhia terá o papel de aumentar o desenvolvimento da região Nordeste, além de oferecer mais opções para exportadores e importadores.
“O Nordeste é muito maior que um só terminal. Na nossa visão, é preciso ampliar a infraestrutura da região, porque vamos ver que há potencial para crescimento. O importante é criar essas conexões para o mundo e para as regiões do Brasil. Os armadores vão ver onde faz mais sentido para eles realizar operações. Poderão ter linhas da Europa que vão para Suape, outras linhas enxergam Pecém como melhor opção. Estamos tentando criar essas opções e oportunidades para o crescimento do Nordeste”, disse Rose.