Os armazéns 4 e 5 do Porto de Salvador foram interditados na última sexta-feira (29), após fiscalização que constatou irregularidades e riscos de incêndio. Divulgação/Sindicato
Região Nordeste
Após pátio, armazéns do Porto de Salvador também são interditados
Fiscalização constatou irregularidades nos armazéns 4 e 5
Os armazéns 4 e 5 do Porto de Salvador (BA) foram interditados na última sexta-feira (29), após fiscalização que constatou irregularidades e riscos de incêndio, segundo informações do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (SINAIT).
Na semana anterior, entre os dias 18 e 20 de março, o pátio de triagem do complexo também foi interditado depois de passar por fiscalização trabalhista. As duas ações foram realizadas pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Bahia (STR/BA).
Durante a visita aos armazéns, que guardavam pilhas de fardos de celulose, a equipe da Auditoria-Fiscal do Trabalho verificou obstrução dos portões que atrapalhavam a movimentação de máquinas, a iluminação, a circulação de trabalhadores e o acesso à saída, além da quantidade insatisfatória de extintores de incêndio.
Os fiscais detectaram ainda saliências no piso dos armazéns, que dificultam a circulação de funcionários e máquinas de carga, bem como o risco de tombamento das empilhadeiras. Apontaram também falta de sinalização adequada à segurança e falta de sistema de iluminação de emergência para evacuação nos casos de interrupção de energia elétrica e de auxílio em possíveis resgates.
O SINAIT ressaltou que as atividades foram paralisadas nos dois armazéns, pois o cenário encontrado oferece, principalmente, riscos de incêndio, como o registrado em abril de 2022, causando à demolição de parte da estrutura de um dos galpões do porto.
Em nota, a Companhia Docas do Estado da Bahia (CODEBA), Autoridade Portuária que administra o complexo, informou que todas as irregularidades apontadas pelos fiscais, tanto no caso do Pátio de Triagem como nos armazéns 4 e 5 “referem-se à implementação de medidas e sistemas já contratados ou com implantação em andamento”.
O documento ressalta que os armazéns citados não estão sendo utilizados “justamente por estarem em processo de adequação e correspondente aprovação dos projetos de combate a incêndio para que voltem a operar”.
A Codeba garantiu que as operações do Porto de Salvador não foram afetadas pelas interdições.