Até a última terça-feira (21), o Rio Negro estava marcando 13m33, o que, de acordo com o Serviço Geológico do Brasil, mostra que a recuperação de seu nível está aceleradaCrédito: Divulgação
Região Norte
Após ‘repiquete’, Rio Negro volta a subir
Foram 24 centímetros em quatro dias, sem mais registro de descida das águas
Desde o último sábado (18), o Porto de Manaus (AM), que realiza a medição do Rio Negro, não registrou mais a descida das águas, o que pode significar o fim do repiquete (movimento de cheia e seca do rio) e o início da cheia constante.
Até terça-feira (21), o Rio Negro estava marcando 13 metros e 33 centímetros, o que, segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), mostra que a recuperação de seu nível está acelerada e as enchentes nos Rios da Bacia Amazônica devem ser definitivas.
Ainda de acordo com o SGB, as chuvas se intensificam neste período na região e também vão ajudar na subida das águas, podendo encerrar de vez o período de seca no Amazonas, que neste ano foi o mais severo em 121 anos.
Porém, os problemas causados pela estiagem continuam e segundo dados da Defesa Civil do Amazonas, mais de 150 mil famílias ainda sofrem os impactos da falta d’água. Nos piores períodos da seca, 62 municípios amazonenses decretaram situação de emergência e cerca de 500 mil pessoas foram afetadas.
A navegação de navios que transportam cargas para a Zona Franca de Manaus (ZFM) também foi paralisada por falta de profundidade necessária para a passagem das embarcações.
O Super Terminais, porto privado que atende à ZFM, chegou a ficar mais de 1 mês sem receber navios cargueiros (de 19 de setembro a 25 de outubro). Só no fim do mês passado o terminal conseguiu retomar as operações de transporte marítimo, mas ocupando apenas 10% da capacidade das embarcações.
O terminal em si, consegue manter a profundidade para os navios atracarem (38,5 m), o problema está em trechos dos rios Madeira e Amazonas.
Para mitigar os impactos, o Governo Federal anunciou a realização de dragagem emergencial em trechos dos rios Solimões e Amazonas, em investimento de mais de R$ 138 milhões. Os trabalhos estão sendo realizados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), e devem seguir até o fim deste ano.