A melhoria na infraestrutura aquaviária no Porto de Santos permitirá a presença de navios maiores que os de 366 metros, que possuem capacidade para movimentar até 15 mil TEU. Foto: Divulgação/APS
Porto de Santos
Aprofundamento do canal de Santos começará com derrocagem de pedras
Obras de dragagem de aprofundamento para 16m estão previstas para o ano que vem
A Autoridade Portuária de Santos (APS) anunciou que o início do aprofundamento do canal aquaviário começará com a derrocagem de pedras. Conforme o presidente Anderson Pomini revelou nesta quinta-feira (1° de agosto), esta etapa deve acontecer já neste ano.
De acordo com o presidente da APS, o aprofundamento do canal, em conjunto com o túnel Santos-Guarujá, são consideradas as obras mais prioritárias para o Porto de Santos.
“Temos 30 pedras no decorrer do nosso canal. Faremos um contrato de empreitada para esse serviço. Esta derrocagem representa o início do aprofundamento do nosso canal”, disse Pomini.
Após a fase de derrocagem, o canal será aprofundado para 16 metros. De acordo com a APS, neste momento encontra-se em elaboração o anteprojeto da dragagem de aprofundamento. A expectativa é que as obras comecem no ano que vem.
Os estudos técnicos estão sob responsabilidade do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH) e da Universidade Estadual de Campinas (SP).
O aprofundamento para 16 metros é considerado, de acordo com a APS, uma medida a curto prazo para garantir calado aos grandes navios que adentram o complexo marítimo. A melhoria na infraestrutura aquaviária permitirá a presença de navios maiores que os de 366 metros, que possuem capacidade para movimentar até 15 mil TEU.
Segundo o cronograma da APS, estão previstos investimentos na ordem de pouco mais de R$ 324 milhões.
Concessão do canal
Após atingir a profundidade de 16 metros, a APS vai realizar estudos para aprofundamento até 17 metros.
Conforme já anunciado pela APS, a profundidade de 17 metros no canal aquaviário de Santos será concedido à iniciativa privada, que fará a gestão da via marítima em um modelo de parceria público-privada (PPP).
“A concessão para 30, 35 anos é algo mais complexo, como aconteceu em Paranaguá. O estudo está em desenvolvimento pelo BNDES e secretaria nacional de Portos. Pretendemos entregar um serviço, que é o mais importante do Porto de Santos, para o mercado. Daí a exigência formal muito mais rigorosa do que uma simples contratação”, explicou Pomini.