Autoridades da Baixada Santista lamentam saída iminente de Márcio França

Políticos chamaram atenção para a ligação do ministro de Portos e Aeroportos com a região

A iminente saída de Márcio França do Ministério de Portos e Aeroportos foi assunto no lançamento da Frente Parlamentar Mista da Ligação Seca Santos-Guarujá (FLPS), na sexta-feira, dia 18, em Guarujá (SP). Autoridades da região da Baixada Santista, com a qual o ministro tem ligação, lamentaram a troca no comando da pasta.

Autor da proposta de criação da frente, o deputado federal e ex-prefeito de Santos Paulo Alexandre Barbosa (PSDB/SP) classificou a decisão do Governo como “um grande retrocesso”.

“Lamento profundamente, seria um grande retrocesso. Márcio França vem fazendo um grande trabalho. Em meses de mandato do Márcio, a Prefeitura (de Santos) recebeu os armazéns do Valongo. Márcio França garantiu recursos do Ministério para que o Aeroporto de Guarujá seja executado. Se sair, vai deixar um legado que vai ser usufruído pelas próximas gerações”, disse o deputado.

O atual prefeito de Santos, Rogério Santos (PSDB), deixou clara sua torcida para que Márcio França continue à frente do Ministério de Portos e Aeroportos.

“A relação porto-cidade nunca esteve tão positiva, visto os avanços da região. A Prefeitura é a favor da permanência do ministro à frente dessa pasta tão importante para a cidade de Santos”, afirmou.

O prefeito de Guarujá, Válter Suman (PSDB), disse entender a manobra política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva dentro de seus ministérios, mas defendeu o trabalho de França.

“É uma prerrogativa do presidente em fazer ajustes necessários em nível de ministérios para que possa haver uma governabilidade e paz política o máximo possível para que grandes decisões saiam do papel e atendam a expectativa da população. O ministro Márcio França tem feito um bom trabalho, é da Baixada Santista, tem defendido ideias como a concretização de recursos ao nosso futuro aeroporto, bem como o empenho muito intenso na questão da ligação seca”, explicou.

Já o secretário de Assuntos Portuários e Emprego de Santos, Bruno Orlandi, ponderou que, uma vez confirmada a troca de ministros, assuma o posto alguém que dê continuidade aos compromissos com o Porto de Santos.

“Seria uma perda enorme. O ministro é da região, conhece os desafios locais. Para a gente seria uma perda irreparável. Infelizmente a politicagem tem os seus desafios. Então, caso isso aconteça, esperamos que venha alguém com capacidade tamanha, com compromisso tamanho que venha e faça de fato um belo trabalho, dando continuidade a tudo aquilo que está compromissado e sendo feito para a região da Baixada e em especial o nosso Porto de Santos”, comentou.