Autoridades de SC discutem indefinição sobre Porto de Itajaí

O encontro aconteceu na sede da Federação das Indústrias de Santa Catarina

Empresários e autoridades de Santa Catarina estão preocupados com a indefinição sobre a retomada das operações no terminal de contêineres do Porto de Itajaí, um dos mais importantes do estado. O ativo está sem operar desde dezembro de 2022, quando se encerrou o contrato com a antiga concessionária, a APM Terminals.

A Mada Araújo, concessionária que venceu a licitação para a operação no terminal de contêineres pelos próximos dois anos, ainda não começou os trabalhos.

“Nós não vimos até agora nenhuma manifestação da concessionária provisória. Isso nos preocupa. Temos que avaliar bastante e ter certeza que essa empresa vai oferecer as condições necessárias para que tenhamos, num curto prazo, a volta das operações no Porto de Itajaí”, disse Egídio Antonio Martorano, gerente de Transportes e Logística da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).

O imbróglio foi discutido hoje (16), durante uma reunião que envolveu autoridades portuárias de Santa Catarina, na sede da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). De acordo com Egídio, os prejuízos atingem toda a cadeia logística, desde a geração de emprego até a queda na arrecadação de tributos.

Hoje o complexo portuário segue apenas com operações de transportes de veículos, celulose e o terminal de passageiros. Mas essas operações também estão ameaçadas porque a autoridade portuária tem uma dívida com a empresa responsável pela dragagem, que pode ser interrompida.

O governo de Santa Catarina espera a ajuda do Governo Federal. Na semana passada, aconteceu uma reunião em Brasília, com a secretária-executiva do Ministério de Portos e Aeroportos, Mariana Pescatori. “A autoridade portuária está esperando um aporte de R$ 20 milhões do Governo Federal, com complementação da prefeitura de Itajaí”, completou Egídio.