O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da cerimônia de assinatura do acordo com o banco do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do SulCrédito: Divulgação/MDIC
Nacional
BNDES vai investir R$ 8,5 bilhões em infraestrutura sustentável
Segundo o Governo, acordos com o Banco do Brics vão resultar em recursos para projetos de combate às mudanças climáticas
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinou na quarta-feira, dia 6, dois contratos com o New Development Bank (NDB), conhecido como Banco do Brics, no valor de US$ 1,7 bilhão (R$ 8,5 bilhões) para projetos de combate às mudanças climáticas e investimentos em infraestrutura sustentável. O Brics é o bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da cerimônia de assinatura, ao lado do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e da ex-presidente Dilma Rousseff.
Os recursos já tiveram seu empréstimo aprovado pelo Senado Federal e podem ser usados pelo BNDES para financiar investimentos dos setores público e privado em todo o território nacional para apoiar a transição para a economia de baixo carbono e a agenda do clima.
A verba de US$ 1,2 bilhão para investimentos em infraestrutura sustentável poderá contemplar projetos de energia renovável, transporte e logística, saneamento, mobilidade urbana, tecnologias da informação e comunicação (TIC) e infraestrutura social, com foco em educação e saúde. O prazo é de 24 anos para a operação que prevê que até 30% dos recursos sejam utilizados pelo BNDES para financiamento de debêntures nos setores definidos.
Os projetos referentes à agenda de redução de emissões de gases do efeito estufa e adaptação às mudanças climáticas terão o investimento de US$ 500 milhões voltados a áreas como mobilidade urbana sustentável, resíduos sólidos, energias renováveis, equipamentos eficientes, cidades sustentáveis e florestas nativas. Nesse caso, o prazo para utilização dos recursos é de 11 anos e seis meses.
Os projetos devem seguir as políticas operacionais do BNDES e serão avaliados com base em indicadores como redução de emissões de CO2 equivalente e quantidade de pessoas beneficiadas com acesso a saneamento, mobilidade urbana e infraestrutura social.