A abertura do mercado veio com a publicação do Certificado Sanitário Internacional (CSI) em 12 de outubro, após uma missão no país africano com integrantes da ABPA, do Ministério das Relações Exteriores, da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) e da Câmara de Comércio Árabe Brasileira/Divulgação
Comércio exterior
Brasil deve iniciar exportação de frango para Argélia em 2024
Brasil foi o primeiro a ser habilitado para embarcar a proteína ao país africano
O Brasil deve começar 2024 exportando carne de frango para a Argélia, já que em outubro deste ano, após anos de negociações, o país foi o primeiro a ser habilitado a vender a proteína halal (com método de abate que segue os preceitos do Islã) ao país africano.
No entanto, para que os embarques comecem de fato, é preciso que as tarifas de importação, que hoje chegam a 100%, sejam reduzidas. A análise é do diretor de Mercado da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Luis Rua, que acredita que assim que as tarifas caírem, as empresas brasileiras estarão aptas a iniciarem as exportações, ressaltando que o Brasil é o maior exportador de produtos halal do mundo.
A abertura do mercado veio com a publicação do Certificado Sanitário Internacional (CSI) em 12 de outubro, após uma missão no país africano com integrantes da ABPA, do Ministério das Relações Exteriores, da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) e da Câmara de Comércio Árabe Brasileira.
“A gente explicou para eles que com uma tarifa de 100% seria muito difícil fazer negócio. Eles entenderam isso, estão avaliando internamente, até porque isso passa por um processo legislativo, o que leva tempo. Mas estamos esperançosos que seja retirado ou reduzido para que a gente possa efetivamente começar os negócios”, diz Rua.
Segundo ele, a expectativa é que a redução dessa tarifa chegue próximo de zero. O potencial do novo negócio ainda está sendo avaliado, mas a Argélia tem 44 milhões de habitantes, com a principal demanda sendo o frango inteiro congelado acima de 1,3 quilograma. Há também, explica o diretor, oportunidades para a venda de frango inteiro desossado congelado, o shawarma, e de carne mecanicamente separada, utilizada para a produção de processados de frango.
Luis destaca que a abertura também significa o reconhecimento do status sanitário do Brasil para atender às exigências deste mercado.