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O ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, assinou o Memorando de Entendimento juntamente com o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo (Foto: Divulgação/MME)

Nacional

Brasil e Argentina selam acordo para importação de gás natural

19 de novembro de 2024 às 7:51
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Parceria estratégica busca ampliar a oferta energética e impulsionar a reindustrialização brasileira

O Ministério de Minas e Energia (MME) oficializou na segunda-feira (18) um Memorando de Entendimento com a Argentina para viabilizar a importação de gás natural do país vizinho, especialmente o proveniente de Vaca Muerta, na região da Patagônia. O acordo foi celebrado durante a Cúpula do G20, encontro que reúne as principais economias do mundo, que acontece no Rio de Janeiro.

A parceria é vista como o início de uma cooperação bilateral que pretende ampliar a oferta de gás natural no Brasil e impulsionar setores industriais estratégicos. O acordo prevê a criação de um grupo de trabalho para analisar a viabilidade econômica e técnica da exportação do gás, incluindo o uso e a expansão da infraestrutura existente entre os dois países. No curto prazo, estima-se o transporte de 2 milhões de metros cúbicos diários, com projeções que alcançam 10 milhões em três anos e até 30 milhões até 2030.  

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que o acordo é uma peça-chave no programa Gás Para Empregar, voltado para a reindustrialização do Brasil. Ao concretizar a importação do gás de Vaca Muerta, estamos fortalecendo o desenvolvimento das indústrias de fertilizantes, vidro, cerâmica, petroquímicos e tantas outras que trazem desenvolvimento econômico ao Brasil. Teremos mais gás, e junto com ele mais emprego, renda e riqueza para brasileiras e brasileiros”, afirmou. Ele assinou o documento juntamente com o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo.

O documento orienta o grupo de trabalho a priorizar o uso de gasodutos já existentes, acelerando o fluxo de gás com menores custos e maior eficiência. O planejamento também inclui a identificação de projetos de infraestrutura e transporte que interconectem os sistemas dos dois países, estabelecendo rotas logísticas confiáveis e economicamente viáveis.

Com validade inicial de 18 meses, o memorando prevê a elaboração de um relatório ao término do prazo, detalhando as atividades e avanços alcançados. Durante coletiva de imprensa, Silveira reforçou o impacto positivo da iniciativa: “A indústria química brasileira opera com 30% de ociosidade devido aos altos custos do gás. Reduzir o preço só será possível com o aumento da oferta, e é isso que estamos construindo com esse acordo”.

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