A embaixadora da Dinamarca no Brasil, Eva Bisgaard Pedersen, destacou que o acordo “irá abrir portas muito importantes, não só na relação comercial, como também nas negociações e trocas de tecnologias, principalmente na área agro sustentável. Foto: Mapa/Divulgação
Comércio exterior
Brasil e Dinamarca firmam acordo para expandir comércio internacional
O documento assinado na terça-feira (13), estimula a troca de tecnologias, conhecimentos e práticas, com o objetivo de fortalecer a agropecuária sustentável e ampliar as oportunidades para o comércio exterior
O ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro, e a embaixadora da Dinamarca no Brasil, Eva Bisgaard Pedersen, assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para promover o desenvolvimento de sistemas agrícolas e pecuários sustentáveis entre os países e expandir o comércio internacional.
O documento assinado na terça-feira (13), estimula a troca de tecnologias, conhecimentos e práticas, com o objetivo de fortalecer a agropecuária sustentável e ampliar as oportunidades para o comércio exterior.
“É o primeiro passo para que as nossas equipes cheguem em ações que possam alavancar o setor, com mais tecnologia, gerando oportunidades para ampliarmos a relação comercial, cultivando o bom relacionamento do Brasil com o mundo”, afirmou o ministro Carlos Fávaro.
A embaixadora da Dinamarca no Brasil, Eva Bisgaard Pedersen, destacou que o acordo “irá abrir portas muito importantes, não só na relação comercial, como também nas negociações e trocas de tecnologias, principalmente na área agro sustentável. Temos certeza de que aprenderemos muito com vocês, com a Embrapa, e, tenham certeza também, queremos apoiar os projetos inovadores do agro brasileiro”.
“Estamos ansiosos para aprender com o Brasil. O Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestas Sustentáveis (PNCPD) é uma iniciativa brilhante, e o Reino da Dinamarca deseja participar ativamente,” completou a embaixadora.
As exportações brasileiras para a Dinamarca atingiram US$366 milhões em 2023, com destaque para a soja, que representou 83% do total. Outros produtos de origem vegetal e café também contribuíram significativamente.
Em contrapartida, o Brasil importou US$45,5 milhões em produtos agropecuários da Dinamarca, com maior destaque para produtos de origem animal, seguidos por produtos vegetais e lácteos.
O setor agropecuário dinamarquês, responsável por 1,5% do PIB, é dominado por grãos como trigo e cevada, e pela produção de carne suína e laticínios. O país também é um dos principais produtores de carne suína e leite cru na União Europeia.
Novos mercados
Além do recente acordo com a Dinamarca, o governo anunciou duas novas autorizações para expandir o comércio internacional de produtos agropecuários brasileiros. O Egito concedeu permissão para a exportação de carne bovina com osso, ampliando as oportunidades para o setor.
Em 2023, o Brasil exportou mais de US$1,73 bilhão em produtos agrícolas para o Egito, sendo US$384 milhões em proteínas animais. No primeiro semestre de 2024, as exportações brasileiras para o país árabe já ultrapassaram US$1,31 bilhão. Em março deste ano, o mercado egípcio também foi aberto para carne e miúdos de caprinos e ovinos.
Além disso, a União Europeia (UE) autorizou o Brasil a exportar equinos vivos. A UE é o segundo maior destino para os produtos agropecuários brasileiros, com cerca de US$11,05 bilhões arrecadados no primeiro semestre de 2024, fruto do comércio internacional.
Com essas novas autorizações, o Brasil alcança a 91ª abertura de mercado em 2024, totalizando 169 destinos em 56 países desde o início do ano. Os resultados são um trabalho conjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).