O investimento será realizado nos próximos 4 anos com a colaboração entre bancos públicos brasileiros e a Agência Francesa de Desenvolvimento. Foto: Ricardo Stuckert
Região Norte
Brasil e França vão investir R$ 5,4 bi na Amazônia
Investimento será realizado nos próximos 4 anos com a colaboração entre bancos públicos brasileiros e a Agência Francesa de Desenvolvimento.
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciaram um programa de investimento de R$ 5,4 bilhões (1 bilhão de euros) para bioeconomia na Amazônia do Brasil e Guiana. Macron está no Brasil desde terça-feira (26) e começou a visita ao país pela capital do Pará, em Belém.
A cidade vai receber a cúpula do clima, a COP30. O investimento será realizado nos próximos 4 anos com a colaboração entre bancos públicos brasileiros e a Agência Francesa de Desenvolvimento.
Os dois presidentes afirmaram que promoverão juntos parcerias globais para financiar a proteção das florestas tropicais e da biodiversidade.
O plano de desenvolvimento terá alguns componentes. São eles:
Diálogo entre as administrações francesa e brasileira sobre os desafios da bioeconomia;
Parceria técnica e financeira entre bancos públicos brasileiros, incluindo o BASA e o BNDES, e a Agência Francesa de Desenvolvimento, presente no Brasil e na Guiana Francesa;
Nomeação de coordenadores especiais para as empresas francesas e brasileiras mais inovadoras no campo da bioeconomia;
Um novo acordo científico entre a França e o Brasil, operado pelo CIRAD e pela Embrapa, que possibilitará o desenvolvimento de novos projetos de pesquisa sobre setores sustentáveis, inclusive na Guiana Francesa;
Criação de um hub de pesquisa, investimento e compartilhamento de tecnologias-chave para a bioeconomia, que poderá apoiar-se no fortalecimento do Centro Franco-Brasileiro de Biodiversidade Amazônica (CFBBA) e na formação de redes de universidades francesas e brasileiras que possam contribuir para esses temas.
Além disso, as mulheres, os homens e as crianças dos povos indígenas e das comunidades locais vão participar das decisões dos investimentos que devem ser direcionados para:
Conservação e no manejo sustentável das florestas e o planejamento e valorização económica dos ecossistemas e áreas florestais;
Tecnologias baseadas em recursos biológicos, práticas agroecológicas e conhecimentos tradicionais;
Cursos de capacitação, criação de empregos e pesquisa necessária para desenvolver indústrias sustentáveis, com alto potencial nos mercados interno e externo, em todos os setores da economia florestal;
Manejo sustentável e/ou a restauração das florestas e da biodiversidade.