Brasil e Paraguai conversam sobre renovação de contrato da Itaipu

Presidente Lula e ministro de Minas e Energia receberam em Brasília o presidente eleito do país vizinho

O presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña, afirmou estar “otimista” para que o acordo do contrato de gestão da usina binacional Itaipu​​ seja firmado ainda este ano. Ele esteve no Palácio do Alvorada no último dia 28, em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Peña acredita que é possível fechar um contrato que estabeleça que o Brasil seguirá pagando o preço do custo pelo excedente da energia.

“O Paraguai não está buscando política rentista, está buscando uma política desenvolvimentista. O Paraguai quer desenvolver seu país, o Paraguai  tem muita gente jovem que quer trabalhar, então hoje estamos buscando política econômica que vai gerar emprego”, afirmou.

Durante a construção da usina, entre os anos 1970 e 1980, os dois países firmaram um contrato de 50 anos. O que está em discussão é a renovação do anexo C do acordo, que trata da parte financeira firmada entre Brasil e Paraguai.

“Já sabemos o que aconteceu nos últimos 50 anos e, depois de assinado o acordo, a Itaipu foi construída, operada e a dívida foi paga e hoje temos o desafio de pensar de maneira ambiciosa juntos  para os próximos 50 anos”, declarou o presidente do Paraguai.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou que os dois países, juntos, têm a oportunidade de construir pontes e projetos visando, principalmente, a descarbonização do planeta.

“E o Brasil, como sempre tenho dito, é referência em produção de energia limpa e renovável e tem todo o potencial para ser o grande protagonista mundial nesta missão. E isso tudo buscando o desenvolvimento econômico que  traga frutos sociais e que garantam a sustentabilidade”, afirmou o ministro.

Na reunião, segundo Silveira, a produção de energia limpa e renovável em Itaipu binacional, a infraestrutura comum e demais pautas visando o desenvolvimento social e econômico dos países também foram tratados.